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Guedes diz que fica, o puxadinho do teto de gastos e outros destaques do dia

Estátua do ministro Paulo Guedes na sede do TC - Traders Club

Estátua do ex-ministro Paulo Guedes na sede do TC - Traders Club

Pelo menos um dos temores do mercado teve um desfecho nesta sexta-feira (22) — Paulo Guedes segue sendo o ministro da Economia, e o país não vai passar o fim de semana na incerteza.

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Após as baixas recentes na equipe econômica, mas o capitão do navio continua firme. Diante de tantas incertezas e a confirmação da elevação dos gastos, ter alguma estabilidade é importante.

Hoje, Paulo Guedes e Jair Bolsonaro apareceram lado a lado. Não só para confirmar que o ministro da Economia segue no cargo, mas também para explicar os motivos que fizeram a ala econômica ceder aos pedidos da ala política e autorizar um aumento nas despesas públicas, desrespeitando o teto de gastos.

O pronunciamento foi seguido de uma entrevista coletiva, e o evento durou pouco mais de uma hora. O Ibovespa chegou a flertar com o campo positivo, mas o “fico” de Guedes foi insuficiente para mudar totalmente o rumo dos negócios.

O principal índice da bolsa brasileira fechou o dia em queda de 1,34%, aos 106.296 pontos — longe das mínimas, mas no menor nível desde novembro de 2020. Na semana, a queda foi feia, e o Ibovespa recuou mais de 7%.

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Porto seguro em mares turbulentos, o dólar avançou 3,16% nos últimos dias e chegou a voltar ao patamar dos R$ 5,70, mesmo com forte atuação do Banco Central para segurar a cotação da moeda. Hoje, Guedes serviu de bálsamo e a divisa recuou 0,71%, a R$ 5,6273.

O mercado financeiro sai desta semana machucado — e não estamos falando só da queda da bolsa aqui. Guedes, antes visto como grande defensor da agenda liberal, permitiu que fosse construído um “puxadinho” para o teto de gastos. Na prática, a âncora fiscal que tem mantido os gastos públicos na linha desde 2016 perdeu a credibilidade.

Paulo Guedes fica, mas o clima ainda é de luto no mercado. O tempo para aprovar as tão prometidas reformas está acabando e, mesmo que passem, os recursos já estão comprometidos. O foco agora se volta para a decisão de política monetária do Copom, na próxima quarta-feira.

Depois da pesada deterioração do cenário fiscal dos últimos dias, os investidores acreditam que será preciso agir com mais rapidez. Ainda que tenha reduzido a inclinação, a curva de juros já mostra projeção de Selic em dois dígitos no começo do ano que vem. 

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Veja tudo o que movimentou os mercados nesta sexta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.

DO RECORDE AO BURACO
5 (novas) razões por que o Ibovespa não para de cair — incluindo o furo no teto de gastos. Só neste mês o índice recua pouco mais de 4% e, com mais nove dias até a virada para novembro, o tombo pode ser ainda maior.

DREAM TEAM EVAPORA
O último a sair apaga a luz? Veja os principais nomes que deixaram a equipe de Paulo Guedes desde o início do governo. Nova debandada eleva a quase 20 o número de integrantes da equipe econômica a terem deixado o propalado “dream team” de Guedes em menos de três anos de governo.

NA PONTA DO LÁPIS
Como ficaram as empresas offshore de Paulo Guedes e Roberto Campos Neto com o dólar a R$ 5,70? O ministro da Economia e o presidente do Banco Central mantêm contas no exterior há muito tempo. Qual foi o saldo do período?

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ATÉ TU, BTC?
Bitcoin zera ganhos da semana, mas segue acima dos US$ 60 mil; saiba o que movimentou o mercado de criptomoedas hoje. Mesmo assim, o “uptober” ainda é positivo: no mês, a principal criptomoeda do mercado avança 38,82%.

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