Papel, celulose e tesoura
O que você diria de uma empresa que teve um prejuízo anual de quase R$ 11 bilhões e ainda assim conseguiu melhorar praticamente em todas as frentes operacionais?
Esse é o curioso caso da produtora de papel e celulose Suzano. Com quase toda a receita em dólar, a companhia teve um forte avanço na geração de caixa mesmo com os preços dos seus produtos em queda durante a maior parte do ano.
Só que esse mesmo dólar acaba afetando a última linha do resultado em razão do alto endividamento, quase todo na moeda norte-americana.
Isso porque a cada trimestre a empresa é obrigada pelas normas contábeis a corrigir toda a dívida pela cotação do câmbio no período, o que provoca o prejuízo no balanço mesmo que nenhum real (ou dólar) tenha saído do caixa.
O diretor financeiro da Suzano, Marcelo Bacci, passou boa parte do ano passado explicando ao mercado — incluindo uma entrevista para o Seu Dinheiro — que o dólar alto, na verdade, é favorável à companhia.
Agora, com a recuperação das cotações da celulose no mercado internacional, podemos dizer que a Suzano tem a faca e o queijo na mão — ou melhor, o papel e a celulose — para ter um 2021 mais favorável.
A empresa também afiou a tesoura do corte de custos e acionou um programa de venda de ativos para diminuir o peso da dívida, o que tende a reduzir a flutuação dos resultados no futuro.
O diretor da Suzano voltou a falar com o Seu Dinheiro para falar dos planos da companhia e mostrar como o ESG — siga em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança — já se reflete em resultados materiais para a companhia. Vale a pena conferir a entrevista concedida ao repórter Ivan Ryngelblum.
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