O conceito de investimento em imóveis mudou tanto nos últimos anos, que quando tratamos do assunto hoje, parece algo muito corriqueiro.
Mas eu sempre acho interessante me distanciar um pouco e olhar as coisas por outros ângulos. Quando comecei a trabalhar na cobertura do mercado financeiro, mais de 15 anos atrás, não imaginava possível alguém investir dinheiro no local onde trabalha ou onde pega um cinema no fim de semana.
Pois é, as mudanças ocorrem de maneira tão acelerada nos dias de hoje, que nem nos surpreendemos mais com essa velocidade. E o mercado imobiliário resume bem esta realidade.
Sim, hoje é possível que você esteja trabalhando em um grande prédio comercial que faz parte de um Fundo de Investimento Imobiliário (FII) que está na sua carteira de investimentos. O mesmo vale para o shopping onde você vai para comprar um presente, ou para jantar (o cinema, no contexto atual, ainda está bastante restrito, infelizmente).
Os juros em queda e a busca por novas alternativas além do Tesouro Direto impulsionaram rapidamente os FIIs. No ano passado, mesmo com a crise, o número de investidores cresceu mais de 80% e superou a marca de 1 milhão.
E claro que a pandemia foi um baque. Como se não fosse o bastante, agora, surge o projeto de reforma tributária com a proposta de cobrar impostos sobre os dividendos destes fundos.
Com tudo isso, surgem várias dúvidas. Vale a pena investir em fundos imobiliários neste momento? E comprar imóveis diretamente, é um bom jeito de aplicar dinheiro buscando ganhos futuros?
Na quarta reportagem da série Onde Investir, o Kaype Abreu ouviu especialistas no assunto que ajudam a tirar essas dúvidas, além de apontar boas alternativas para quem quer entrar no fascinante mundo dos investimentos em imóveis. Vale bastante a leitura.
E se é para falar de assuntos do momento, não podemos esquecer das commodities. E em sua coluna Insights Assimétricos, Matheus Spiess pergunta (e responde) se ainda vamos pensar neste tema durante o segundo semestre de 2021.
Como ficam as empresas desse segmento depois do repique de crescimento das principais economias globais, e se ainda é recomendável apostar na continuidade do bom momento das matérias-primas são alguns dos pontos abordados pelo Matheus.
O que você precisa saber hoje
MERCADOS
O que mexe com os mercados hoje? Na volta do feriado, os futuros de Nova York devem se ajustar, à espera do PMI dos Estados Unidos e da ata do Fed, que será divulgada amanhã. O cenário interno não é favorável, e o Ibovespa deve amargar mais um dia de perdas com Brasília no radar.
O IPO do Didi, ou “Uber Chinês”, gerou tanta expectativa e euforia, que mesmo aconselhada a adiar o evento devido à fiscalização de sua rede de segurança, a empresa foi adiante. Os papéis do app começaram a ser negociados na última quarta-feira, 30, e na sexta a companhia teve seu aplicativo bloqueado para receber novos usuários.
EMPRESAS
A BR Distribuidora ganhou seu “novo maior acionista”. O Fundo Samambaia, do ex-banqueiro Ronaldo Cezar Coelho, passou a deter 92.621.000 ações ordinárias de emissão da empresa, equivalentes a 7,95% do capital social, depois da venda da fatia da Petrobras via oferta pública.
Temos celebração de nova parceria também! A Privalia Brasil anunciou que fechou acordo de investimento com o BTG Pactual e com a Veepee. Entre os destaques da operação, está a previsão de um investimento-âncora do BTG equivalente à participação de 5% em uma potencial oferta pública inicial (IPO) da companhia. Confira mais detalhes da parceria aqui.
A Ambipar segue ampliando seus negócios. A operação da vez foi a aquisição de 100% da SABITech S.A.S., por meio de sua controladora indireta, Suatrans Chile. Segundo a companhia, a transação amplia sua participação geográfica na América Latina e traz inovação tecnológica de gerenciamento e monitoramento.
ECONOMIA
O novo programa social que vai substituir o bolsa família ainda segue em processo de definição. Enquanto isso, a equipe econômica do governo anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses. O valor permanece no intervalo entre R$ 150 a R$ 375 e continua a contemplar 39,1 milhões de brasileiros.
Os planos de saúde ganharam mais de 1 milhão de beneficiários em um ano, totalizando crescimento de 2,77% em relação a maio de 2020. São Paulo, Minas Gerais e Paraná são os que lideram o ranking na comparação entre Estados.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.