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Clubhouse: o quinto cavaleiro

Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre tecnologia e investimentos.

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 Depois do livro “Os Quatro: Apple, Amazon, Facebook e Google. O Segredo dos Gigantes da Tecnologia” que o professor Scott Galloway escreveu em 2016, passamos todos a tratar as Big Techs como “monopólios”.

O professor argumenta que cada uma delas nos conquistou pelos nossos instintos mais primitivos. 

O Google conquistou nossos cérebros ao trazer todo o conhecimento do mundo para a palma das nossas mãos. Todos somos inteligentes em tempos de Google. 

A Apple nos conquistou pela genital (sim, isso mesmo), ao criar produtos e uma marca que são sinônimos de status e riqueza. 

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A Amazon nos ganhou pelo estômago, ao tornar quase todos os nossos desejos materiais acessíveis em 24h, sem precisarmos sair de casa. 

E por último o Facebook, que nos conquistou pelo coração, ao nos prover uma plataforma em que conseguimos sentir amor, ódio, paixão e repulsa ao rolarmos o dedo pela tela. 

No limite, o professor argumenta, cada uma dessas empresas tomou conta de um domínio diferente das nossas vidas e ninguém seria capaz de competir com elas.

Em sua construção, apenas a intervenção do Governo, regulando e combatendo o poder excessivo dessas empresas, seria capaz de desmontar esses monopólios. 

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O mais fraco entre os cavalheiros

Eu mesmo já estive entre aqueles que consideravam o Facebook como um monopólio erguido sobre os alicerces da competição. 

Redes sociais são poderosas justamente a partir do momento em que criam efeitos de rede. 

Com mais 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo ativas mensalmente no Instagram e no Facebook, e com a cara de pau infinita de Mark Zuckerberg e companhia em copiarem qualquer produto que começasse a se destacar, todos imaginamos que não existiria competição, nunca. 

O Snap - depois de sobreviver ao plágio escancarado - mostrou que é possível uma briga nessa arena. 

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Então veio o TikTok, que precisou de apenas uma fração do tempo que o Facebook levou para se tornar o Facebook. 

E agora, temos mais um entrante promissor nessa ringue das redes sociais: o Clubhouse.

Quando a diferenciação vai além do produto 

O Clubhouse é uma rede social construída sobre áudio, a forma mais antiga de comunicação potencializada pela tecnologia. 

Em janeiro, o Clubhouse realizou sua segunda captação de recursos, liderada pela Andreessen Horowitz - uma das maiores e mais respeitadas casas de venture capital do planeta - que avaliou a rede social em 1 bilhão de dólares. 

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Detalhe: o Clubhouse nunca gerou 1 dólar em receitas. 

Inclusive, eles ainda estão buscando uma maneira de monetizar a plataforma. Ou seja, não fazem ideia de como cobrar pelo serviço.

Mas o que é esse negócio? 

Basicamente, uma ferramenta para você abrir uma sala, com algumas pessoas como apresentadores, e manter uma conversa ao vivo para uma audiência de ouvintes. 

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Os ouvintes podem pedir direto de fala, participando com dúvidas e ideias na conversa. 

Em resumo, um podcast ao vivo, em que os ouvintes podem interagir com seus hosts.  

Para descobrir como funciona, na última terça-feira, eu e meus amigos Vinícius Bazan e André Franco, fizemos uma edição ao vivo do nosso podcast semanal, direto na plataforma. 

Tá com cara que vai dar certo

Apesar da plataforma ser bacana, o que despertou minha curiosidade foi o modelo de marketing que os caras escolheram. 

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O Clubhouse está disponível apenas nos dispositivos da Apple e não é possível gravar uma conversa para ouvi-la mais tarde. 

Quer participar da festa? Então você precisa estar lá, na hora combinada.  

O Clubhouse criou com primazia uma estratégia de FOMO, o famoso fear of missing out (medo de estar de fora). 

Ao forçar uma “exclusividade”, passou a gerar uma curiosidade crescente no público que não pode acessá-lo (a maioria das pessoas). 

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Fizemos uma enquete no nosso Telegram, com mais de 3.000 inscritos, e apenas 6% delas utilizavam o aplicativo. 

O Clubhouse utilizou um público seleto para alcançar um público global. No mínimo, muito inteligente. 

Na dúvida do quão poderoso é isso? 

Deixa eu te explicar com um exemplo:

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“Siga o @RichardCamargo, o @vbazan e o @cryptoandre no Clubhouse, pois a qualquer momento podemos iniciar uma sessão ao vivo, em que o André vai revelar a criptomoeda favorita dele para 2021”.

Você vai correr o risco de ficar de fora?

Contato

Se você gostou dessa coluna, pode entrar em contato comigo através do e-mail telaazul@empiricus.com.br, com ideias, críticas e sugestões. 

Aproveite para se inscrever no nosso Telegram; todos os dias, postamos comentários sobre o impacto da tecnologia no mercado financeiro (e no seu bolso).  

Um abraço!

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