Com o orçamento de 2021 finalmente sendo página virada, os investidores locais voltam os seus olhos para outros temas. A reforma tributária promete voltar aos holofotes (mais uma vez) e a temporada de balanço começa a ganhar corpo tanto no Brasil quanto no exterior.
Na agenda da semana, temos eventos suficientes para chacoalhar os negócios, mas a segunda-feira (26) começa mais tranquila. O Ibovespa opera sem força ao longo do dia e parece ter se firmado no campo negativo no começo desta tarde. Por volta das 15h30, o principal índice da bolsa recuava 0,20%, aos 120.290 pontos . O dólar à vista recua 0,84%, a R$ 5,4512, de olho no andamento das reformas.
Após uma queda expressiva nas últimas duas semanas, os principais contratos de DI voltam a subir. Confira as taxas do dia:
- Janeiro/2022: de 4,61% para 4,65%
- Janeiro/2023: de 6,19 para 6,23%
- Janeiro/2025: de 7,69% para 7,74%
- Janeiro/2027: de 8,36% para 8,37%
- VÍDEO: Quer saber tudo o que deve movimentar a semana? O Victor Aguiar te conta.
Agora vai?
Com o Orçamento superado, o Congresso promete voltar a olhar para as pautas que ficaram enroscadas nos últimos meses - as reformas administrativa e tributária.
A reforma tributária deve largar na frente. O presidente da Câmara, Arthur Lira, prometeu para o dia 3 de maio uma “versão inicial” do relatório. Na sexta-feira, a perspectiva do avanço das reformas impulsionou o Ibovespa.
Washington em foco
Nos Estados Unidos, o Congresso também deve ter uma semana agitada. O presidente Joe Biden deve discutir com os parlamentares a proposta de aumento de impostos corporativos para financiar o programa de ajuda à infraestrutura. Além disso, temos a decisão de política monetária do Federal Reserve na quarta-feira, o que sempre vem acompanhado de um pé no freio por parte dos investidores.
Nesta manhã, as bolsas americanas e europeias operam com altas moderadas. Nos Estados Unidos, os índices desaceleraram na última hora, com exceção do Nasdaq, que renovou sua máxima histórica.
Noticiário agitado
No Brasil, a semana começou com o noticiário corporativo agitado.
Primeiramente, temos a mudança de nome da Via Varejo para apenas Via. A companhia também mudou o seu logo e cores, já que a partir de agora quer ser reconhecida como uma empresa com foco no e-commerce. Segundo as novas projeções da empresa, a Via quer alcançar no mínimo 20% do e-commerce brasileiro em 2025. Na semana passada, a companhia já havia mudado o nome e posicionamento de uma de suas principais marcas, o Ponto Frio, que agora se chama Ponto >:.
O maior destaque, no entanto, fica com as ações da Cia Hering. Após recusar a proposta de fusão da Arezzo, a companhia anunciou um acordo para unificar sua operação com o Grupo Soma, dona da Farm.
Os papéis da companhia reagem em alta, em um ajuste ao valor proposto na pelo Soma para a fusão. A proposta feita pelo Grupo Soma, conhecido pelas marcas de luxo em seu portfólio, representa quase o dobro do oferecido pela Arezzo e é 50% superior ao fechamento das ações da Hering na última sexta-feira. Confira os principais destaques do dia:
CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
HGTX3 | Cia Hering ON | R$ 28,14 | 24,07% |
CVCB3 | CVC ON | R$ 23,14 | 4,33% |
COGN3 | Cogna ON | R$ 4,09 | 3,28% |
BPAC11 | BTG Pactual units | R$ 102,63 | 3,04% |
YDUQ3 | Yduqs ON | R$ 30,43 | 2,84% |
Confira também os principais destaques negativos:
CÓDIGO | NOME | VALOR | VAR |
TIMS3 | Tim ON | R$ 11,99 | -2,04% |
ENEV3 | Eneva ON | R$ 15,57 | -1,77% |
BEEF3 | Minerva ON | R$ 10,58 | -1,67% |
SUZB3 | Suzano ON | R$ 68,90 | -1,64% |
BRFS3 | BRF ON | R$ 23,39 | -1,39% |