Depois de uma pausa para o feriado, é hora de se espreguiçar e voltar aos negócios. O ambiente político segue conturbado e a expectativa por novos dados econômicos e o início da temporada de balanços nos Estados Unidos devem ditar o ritmo ao longo da semana, mas hoje o dia deve ser de correção positiva para a bolsa.
Enquanto a B3 esteve fechada, os ADRs das ações brasileiras tiveram um dia de alta expressiva no exterior, com o EWZ, principal ETF brasileiro negociado em Nova York, registrando um avanço de 1,29%.
As bolsas em Wall Street abriram o dia renovando suas máximas históricas, de olho nos resultados dos grandes bancos que devem ser divulgados nos próximos dias, o que deu um gás extra para os principais índices europeus e para os investidores locais. Assim, o Ibovespa operava em alta de 1,82%, aos 127.714 pontos, por volta das 15h50. O índice é puxado pelo bom desempenho do setor financeiro e commodities metálicas.
O dólar à vista operou instável durante boa parte da manhã, mas acelerou a queda com a reversão de tendência no exterior e a forte entrada de fluxo estrangeiro. No mesmo horário, a moeda americana recuava 1,11%, a R$ 5,1948. O mercado de juros começou o dia em leve alta, mas o alívio no câmbio passou a se refletir também nos vencimentos mais longos. Confira as taxas do dia:
- Janeiro/22: estável em 5,82%
- Janeiro/23: de 7,29% para 7,28%
- Janeiro/25: de 8,30% para 8,27%
- Janeiro/27: de 8,70% para 8,68%
Ventos contrários
O dia é positivo, mas há uma série de incertezas no radar do investidor brasileiro. O ambiente político segue conturbado, refletindo a repercussão das denúncias feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, que investiga a atuação do governo federal durante o pior momento da pandemia, e a discussão em torno da proposta de reforma tributária que mexe com as regras do imposto de renda e que ainda está longe de ser bem aceita pelo mercado.
Em Nova York, assim como na Europa, o dia começa com sinais mistos. Os investidores pesam mais uma vez o avanço da nova variante do coronavírus - a delta - e o seu possível impacto negativo nas principais economias do globo.
Além disso, a decisão da China em ampliar o grau de estímulo monetário na economia mostra uma preocupação com uma desaceleração da recuperação, fazendo com que os investidores antecipem uma cautela maior também em outros países.
Sobe e desce
A aceleração da vacinação no estado de São Paulo e também em diversas outras regiões do país renova a expectativa para a retomada da economia brasileira e beneficia empresas ligadas ao setor de consumo e turismo. A alta do minério de ferro patrocinada mais um avanço expressivo das empresas siderúrgicas. Confira as maiores altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| EMBR3 | Embraer ON | R$ 19,47 | 6,92% |
| CSAN3 | Cosan ON | R$ 26,16 | 6,13% |
| GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | R$ 14,16 | 4,81% |
| CVCB3 | CVC ON | R$ 26,59 | 4,27% |
| GGBR4 | Gerdau PN | R$ 30,29 | 4,09% |
Confira também as maiores quedas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| CRFB3 | Carrefour Brasil ON | R$ 20,39 | -1,83% |
| PRIO3 | PetroRio ON | R$ 19,32 | -1,33% |
| MRFG3 | Marfrig ON | R$ 18,66 | -1,32% |
| QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 26,31 | -1,16% |
| JBSS3 | JBS ON | R$ 28,69 | -1,10% |