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Dólar desacelera alta após intervenção do BC, mas Ibovespa segue em queda firme

Dólar em alta

Amanhã a bolsa de valores brasileira estará fechada para a celebração do feriado de 9 de julho, data que marca o início da revolução constitucionalista de 1932, mas antes, os investidores locais ainda têm um prato cheio de aspectos que inspiram cautela para digerir. 

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Começando pelo exterior, a variante delta segue trazendo preocupações e a decisão da China de intensificar a utilização de ferramentas monetárias para apoiar a economia real, na contramão do que vem sendo discutido no resto do mundo. Na visão dos analistas, isso significa que o gigante asiático ainda vê dificuldades na recuperação, em um movimento que pode se espalhar para outros países. 

Já por aqui, o que estava ruim ficou ainda pior. A crise política ganhou um novo capítulo na tarde de ontem, quando Roberto Dias, ex-diretor da pasta da Saúde, saiu da CPI da covid-19, onde prestava depoimento, diretamente para a delegacia. O senador Omar Aziz (PSD-AM), deu voz de prisão após Dias mentir durante o depoimento. A atuação de Aziz na presidência da Comissão também rendeu uma declaração das Forças Armadas que deixou um certo mal estar no ar e mostra mais uma vez desarmonia entre os Poderes.

Com tanta cautela no ar e um dia de queda firme em Wall Street, o dia é dominado pelo vermelho, mas na última hora o Ibovespa desacelerou a queda. Por volta das 16h10, o principal índice da B3 opera em queda de 1,37%, aos 125.274 pontos. O desempenho é pressionado pelo recuo de pesos-pesados da bolsa como Petrobras e as siderúrgicas. 

O dólar à vista também segue sua escalada e chegou a ultrapassar a casa dos R$ 5,30, mas o Banco Central interveio com um leilão de swap US$ 500 milhões, o que aliviou a pressão no câmbio. Com uma melhora pontual também em Nova York, a moeda americana passou a recuar, mas logo retomou o sentido oposto. No mesmo horário, a divisa tinha alta de 0,35%, a R$ 5,2599.

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Enquanto o rumo das coisas em Brasília segue incerto, os investidores repercutem os dados de inflação. O IPCA de junho veio abaixo da mediana das expectativas e bem próximo do piso das estimativas feitas pelo Projeções Broadcast - 0,53%, queda de 0,3% com relação à taxa de maio, e 8,3% no acumulado de 12 meses. O número sustenta a visão de que o Copom deve manter o roteiro já antecipado e elevar a Selic em 0,75 ponto percentual na próxima reunião. 

O número menor que o esperado chegou a aliviar a curva de juros no início do dia, mas com tanto estresse no radar, os principais vencimentos passaram a operar em alta. Confira as taxas do dia:

Sobe e desce

Apenas cinco ações operam no positivo nesta manhã:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
JBSS3JBS ONR$ 29,260,90%
SUZB3Suzano ONR$ 61,310,59%
IGTA3Iguatemi ONR$ 39,720,25%
PCAR3GPA ONR$ 37,420,24%
BRFS3BRF ONR$ 26,400,11%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
CSNA3CSN ONR$ 44,23-4,12%
LWSA3Locaweb ONR$ 25,33-3,17%
BIDI11Banco Inter unitR$ 74,85-3,13%
GGBR4Gerdau PNR$ 29,10-3,00%
SULA11SulAmérica unitsR$ 32,72-2,88%
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