Se a corrida financeira com obstáculos entrasse para o rol de esportes olímpicos, o nosso Ibovespa com certeza seria um candidato à medalha. Afinal, o principal índice acionário do Brasil já está mais do que acostumado a driblar os riscos locais e internacionais que aparecem em seu caminho.
O índice começou o ano abaixo dos 120 mil pontos e, mesmo com alguns tropeços, vem conseguindo superar esse patamar e chegou até mesmo a registrar seis recordes consecutivos de fechamento no primeiro semestre.
Para a maioria dos assessores da XP e de escritórios autônomos ligados à corretora, o Ibovespa deve seguir trilhando o caminho de marcas históricas e terminará o ano entre os 140 mil e 150 mil pontos.
A Pesquisa XP de Sentimento de julho, divulgada nesta quinta-feira (29), entrevistou 101 profissionais do ramo para obter a visão dos assessores e, principalmente, dos seus clientes sobre os rumos da bolsa brasileira.
De acordo com o resultado apurado, 37% deles acreditam que o índice deve fechar o ano entre 130 mil e 140 mil pontos. O número é 7% inferior ao visto no mês anterior, o que pode indicar que o pessimismo ganhou terreno entre os assessores.
Em compensação, outros 9% estão com o otimismo em alta e acreditam que o Ibovespa ultrapassará os 150 mil pontos. Na média de palpites, o índice deve terminar 2021 em 140.388 pontos.
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Quem ajuda ou atrapalha?
Entre os obstáculos que o Ibovespa deverá superar para atingir as projeções, o campeão foi novamente o cenário político, com 67% dos palpites.
Com a polêmica proposta de reforma do Imposto de Renda, denúncias de corrupção e uma nova dança das cadeiras ministerial, o ruído vindo de Brasília não tem dado folga para o índice.
A desaceleração econômica global apareceu em segundo lugar, com 12% das respostas, seguida da alta da inflação, risco citado por 8% dos assessores.
Por outro lado, o avanço da campanha de imunização contra a covid-19 aliada a uma possível volta à “normalidade” irão, na opinião de 49% dos entrevistados, garantir um gás extra aos pregões.
Completando a dupla de propulsores domésticos, o cenário econômico brasileiro também foi mencionado por 29% dos assessores — 8% a mais do que no mês anterior — como um dos ajudantes do Ibovespa.
Completam o pódio o cenário econômico e a liquidez global, com 13% e 9% das respostas.
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E os investidores?
Apesar da promessa de fechamento positivo no final do ano, a alocação em renda variável acima da média histórica recuou 6% em relação a junho é observada em 40% dos portfólios do varejo.
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Agora continuando no tema desta matéria, a alocação em linha com a média subiu 7% em junho, para 46% dos casos, assim como a destinação abaixo do consenso histórico, que foi para 12%.
O número de interessados em manter seus investimentos em ações ficou estável na mesma base de comparação, com 51%.
Além disso, 37% dos assessorados pretendem aumentar seus investimentos na classe de ativos, enquanto apenas 13% dos assessores indicaram que seus clientes vão desistir da aposta na bolsa.
Além das ações
A renda variável é o foco da pesquisa da XP, mas, afora as ações, os assessores também contaram quais outras classes de ativos mais interessam seus clientes.
Entre os destaques negativos, os fundos de renda variável e multimercado perderam posições em julho, com quedas de 11% e 9%, respectivamente. Já os fundos de Renda Fixa e o Tesouro Direto ganharam 3 pontos percentuais no período. Confira o ranking:
- Investimentos Internacionais (69%)
- Fundos Imobiliários (55%)
- Fundos Multimercado (47%)
- Fundos de Renda Variável (37%)
- Tesouro Direto e Renda Fixa (38%)
- Fundos de Renda Fixa (33%)
- Ouro (5%)