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Bolsas dos EUA sobem e renovam as máximas pelo segundo dia — mas ativos brasileiros têm queda firme

Arte mostrando um homem segurando um cartão com uma bandeira do Brasil; no primeiro plano, um gráfico em queda, simbolizando o mau desempenho da bolsa e dos ativos brasileiros nos mercados internacionais, como o EWZ

Os mercados brasileiros ficaram fechados nesta terça-feira (2) por causa do feriado de Finados. Lá fora, no entanto, tivemos um dia normal — e de novos recordes em Wall Street. As bolsas americanas fecharam em alta e deram continuidade ao movimento positivo visto na segunda (1), atingindo novas máximas; esse otimismo, no entanto, não se estendeu aos ativos brasileiros negociados por lá.

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O Dow Jones fechou o pregão em alta de 0,39%, aos 36.052 pontos — ontem foi a primeira vez na história que o índice superou o nível dos 36 mil pontos. O S&P 500, com ganhos de 0,39%, e o Nasdaq, em alta de 0,34%, também tiveram um dia tranquilo e buscaram novos topos.

Em linhas gerais, os dois primeiros dias da semana foram marcados por uma ausência de dados econômicos de maior peso no mundo; em paralelo, há a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) inicie a retirada de estímulos da economia americana na reunião de amanhã. É um cenário que, se concretizado, tende a atrair recursos internacionais para o país, dada a perspectiva de aumento de juros no médio prazo.

Sendo assim, os investidores aproveitaram o clima ameno para aumentar as posições em bolsa. É importante ressaltar, no entanto que a volatilidade tende a aumentar a partir de amanhã, com a decisão do Fed e a coletiva de imprensa de Jerome Powell, presidente do BC americano. O payroll de outubro, a ser divulgado na sexta (5), é outro evento que pode trazer instabilidade às negociações.

Dito isso, nem tudo em Wall Street ficou no campo positivo hoje: os ativos brasileiros negociados em Nova York fecharam quase todos em queda firme, o que tende a provocar ajustes de baixa na B3 nesta quarta-feira (3), quando o pregão volta a abrir por aqui — ontem, o Ibovespa fechou em alta de 2%.

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Nesse cenário, o EWZ, principal fundo de índice (ETF) de ações brasileiras negociado em Wall Street, recuou 1,85% em Nova York, a US$ 29,24; as tensões antes da votação da PEC dos Precatórios e as constantes sinalizações por parte do governo quanto a uma possível intervenção na política da Petrobras são fatores de risco que rondam os ativos domésticos.

Veja também como estão se comportaram alguns dos recibos de ações (ADRs) de empresas nacionais em Wall Street nesta terça-feira:

Europa e Ásia

Na Europa, as bolsas assumiram um tom misto nesta terça: os mercados da Alemanha e da França, os principais do continente, fecharam em alta; já os índices do Reino Unido, Espanha e Itália terminaram no vermelho. Como resultado, o Stoxx 600, índice pan-europeu de ações, encerrou em leve alta de 0,11% — veja como ficaram as principais praças:

A sessão foi ligeiramente negativa na Ásia, com muitas das praças devolvendo parte dos ganhos vistos na segunda feira — caso do Japão, cuja bolsa fechou em queda de 0,43%, e de Hong Kong, com baixa de 0,22%. Na China, a bolsa de Xangai cravou o segundo dia de perdas e recuou 1,13%; por lá, dados de atividade econômica mais fracos que o esperado têm minado a confiança dos investidores.

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Commodities e câmbio

Os contratos de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira: o barril do Brent para janeiro recuou 0,20%, a US$ 84,54, enquanto o WTI para dezembro caiu 0,62%, a US$ 83,53. Já os contratos do minério de ferro com vencimento em dezembro na Nymex tiveram queda de 2,59% e acumulam baixa de mais de 5% na semana, o que ajuda a explicar o mau desempenho dos ADRs da Vale e das siderúrgicas.

No câmbio, o DXY — índice que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta com outras divisas fortes — avançou 0,23% e indicou um leve fortalecimento da moeda americana antes da reunião do Fed.

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