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PEC dos precatórios dita o ritmo do dia, mas votação dos destaques segura o ímpeto de alta do Ibovespa; juros e dólar têm tarde de alívio

Ibovespa

Não teve como disfarçar o clima de final de campeonato que tomou conta da B3 na tarde desta terça-feira (09). Cada nova movimentação dos jogadores rendeu reações do Ibovespa, mas a partida foi jogada bem longe da sede da bolsa. 

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Após semanas de atrasos, discussões, acordos e alguns dribles, a Câmara dos Deputados entrou na reta final para a aprovação da PEC dos precatórios, texto que altera o teto de gastos e abre espaço para que o governo implemente o Auxílio Brasil. 

A decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), de pedir explicações e suspender o pagamento das emendas do relator, conhecido como “orçamento paralelo”, parecia ser um grande revés, mas a mesma negou suspender a tramitação do texto. 

A partir daí, o mercado passou o dia na expectativa. Com um quórum bem maior do que na votação do primeiro turno, os destaques não tiveram grandes enroscos para serem aprovados, e cada vitória do Palácio do Planalto deu mais fôlego para a bolsa. 

O dia não foi só de vitórias, é verdade. Em uma derrota para o governo, os deputados retiraram do texto o trecho que facilitava a alteração da regra de ouro. Faltaram cinco votos. 

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O texto ainda não foi aprovado em segundo turno, mas pelo andar da carruagem, a votação deve acontecer ainda hoje – mesmo com a pressão de partidos como o PSB, PDT e PSDB. 

No Senado a história pode ser diferente, mas o encaminhamento da decisão da Câmara deu fôlego para que o Ibovespa fosse na contramão das bolsas americanas e fechasse em alta. 

Vale lembrar, no entanto, que a PEC dos precatórios não é a saída sonhada pelo mercado. É que na falta de opções melhores e alternativas que tornariam as contas públicas ainda mais incertas, o melhor é que o texto seja aprovado e deixe as coisas mais claras. 

Sem mudança na regra de ouro, o Ibovespa se afastou das máximas e fechou o dia em alta de 0,72%, aos 105.535 pontos. O dólar à vista desacelerou a queda, mas encerrou a sessão com um recuo de 0,83%, a R$ 5,4948. 

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Com a perspectiva de uma maior previsibilidade no Orçamento, o mercado de juros também passou por um alívio, beneficiando empresas como as varejistas. 

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O dia em Wall Street

Depois de sucessivos recordes, Nova York teve um dia de negócios menos movimentado. Em primeiro plano ficaram novos dados de inflação, que vieram em linha com o esperado, mas ainda assim indicam o aquecimento da elevação dos preços. No Nasdaq, a queda das ações da Tesla puxou o índice para baixo. Confira o fechamento do dia:

Sobe e desce do Ibovespa

Penalizadas na sessão de ontem, as ações do setor de varejo voltaram a se recuperar, acompanhando uma melhora do mercado de juros. O destaque ficou com os papéis da Petz. A companhia apresentou um lucro líquido de R$ 26,6 milhões no terceiro trimestre e prevê a abertura de 50 lojas no próximo ano. Confira as maiores altas do dia:

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CÓDIGONOMEVALORVAR
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 13,1310,06%
AMER3Americanas S.AR$ 35,187,65%
VIIA3Via ONR$ 7,546,80%
PETZ3Petz ONR$ 20,836,22%
LAME4Lojas Americanas PNR$ 6,166,21%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVAR
PRIO3PetroRio ONR$ 26,50-4,54%
BPAC11BTG Pactual unitsR$ 22,94-4,18%
GOLL4Gol PNR$ 17,57-3,41%
VALE3Vale ONR$ 65,94-2,46%
VIVT3Telefônica Brasil ONR$ 49,79-1,99%

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