Enquanto o impacto da ômicron segue desconhecido, os mercados operam em um sistema de altos e baixos, intercalando momentos de queda com breves recuperações. Uma das principais razões para que a quarta-feira seja positiva, é o bom desempenho das commodities — tanto do minério de ferro quanto do petróleo.
As incertezas sobre a variante ômicron levou o petróleo a passar por quedas bruscas nos últimos dias, mas hoje os barris WTI e Brent operam em alta de quase 3%. Segundo Marcio Lórega, os investidores esperam para ver qual será a reação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) após alguns governos decidirem usar suas reservas para tentar contar a escala de preços das commodities.
O minério de ferro também teve uma madrugada positiva, avançando mais 2,05%, cotado a US$ 104,49 por tonelada, o que puxa o desempenho das ações de mineração e siderurgia, como Gerdau e Gerdau metalúrgica.
Mudando o foco, as ações da Suzano também são um destaque. Lórega aponta que, ainda que o preço da celulose sofra uma queda no início do próximo ano, a alavancagem das empresas do setor deve se manter baixas, compensadas pelos movimentos de alta recente nos preços. “Cinco produtores tiveram classificação estável pela agência de risco Fitch. Eles têm capacidades para sustentar a pressão da queda dos valores e o achatamento da curva de custo de produção”.
O posto de maior alta do dia fica com a Braskem (BRKM5). Os investidores seguem de olho nas tratativas de venda de participação por parte da Novonor (ex-Odebrecht) e da Petrobras. Com os ruídos em torno de uma possível oferta de ações, os papéis operam em alta.
Confira as principais altas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 53,76 | 7,41% |
SUZB3 | Suzano ON | R$ 58,64 | 4,42% |
GGBR4 | Gerdau PN | R$ 26,77 | 3,76% |
PRIO3 | PetroRio ON | R$ 21,05 | 3,75% |
GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | R$ 11,02 | 3,47% |