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Ibovespa cai quase 3% com mau humor generalizado e temor fiscal; dólar sobe a R$ 5,43

queda da bolsa, tudo em vermelho

Se ontem a leve recuperação do minério de ferro deu fôlego para que o Ibovespa escapasse de um resultado negativo, a terça-feira (28) segue uma toada diferente. 

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Desde o início do dia, o sentimento é de incerteza - tanto no Brasil quanto no exterior. Se no começo do pregão a alta do petróleo compensou em partes  a queda do índice doméstico, uma nova rodada de desconfiança em torno da Petrobras levou o Ibovespa a operar nas mínimas do dia. 

Com o Brent voltando ao patamar dos US$ 80 por barril, no sexto dia de alta consecutivo, a Petrobras reajustou os valores do diesel para o consumidor final. O presidente da Câmara, Arthur Lira, que já havia mostrado desconforto com a atual política há duas semanas e voltou a declarar o seu descontentamento nesta manhã, convocando uma reunião de Líderes para tratar do assunto. 

Vale lembrar que a gasolina e o gás de cozinha não sofreram reajustes dessa vez e o presidente da estatal, Silva e Luna, deixou claro que a política de preços da companhia não irá mudar. Para Lira, "o Brasil não pode tolerar a gasolina a quase R$ 7 e o gás R$120. 

Ainda no quadro doméstico, pesam também as preocupações com a saúde fiscal do país, já que circulam informações de que o governo pode optar por estender o auxílio emergencial.  Lá fora, as duas maiores economias preocupam os investidores, cada uma à sua maneira, o que leva as bolsas em Wall Street a operarem em forte queda. 

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Por volta das 15h45, o Ibovespa recuava 2,91%, aos 110.319 pontos. O dólar à vista sobe 1,01%, a R$ 5,4318. Confira o pronunciamento do presidente da Câmara no Twitter.

Frio na espinha

A China, maior parceiro comercial do Brasil, segue mostrando sinais de desaceleração da economia, o que reflete mais uma vez na queda forte do minério de ferro. Os problemas da incorporadora Evergrande, com sua dívida bilionária, também segue no radar.

Nos Estados Unidos, a preocupação é com a retirada dos estímulos monetários, que já começa a ser vista no horizonte de curto prazo. Hoje o mercado fica atento à particiação de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no Congresso americano. Além disso, os democratas seguem tentando retirar o teto da dívida pública para evitar uma paralisação dos serviços federais em outubro.

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O clima de cautela internacional se soma aos nossos demônios próprios. Em meio a nova alta do petróleo, a inflação deve seguir acelerando e obriga o Banco Central a ter um pulso mais firme. Na ata da última reunião, que elevou a Selic a 6,25% ao ano, o BC mostrou que não está fechado a aumentos maiores que 1 ponto percentual nos próximos encontros.  Confira a reação do mercado de juros:

Sobe e desce do Ibovespa

Confira as maiores altas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
BEEF3Minerva ONR$ 10,390,87%
BBSE3BB Seguridade ONR$ 20,420,84%
BRFS3BRF ONR$ 26,420,53%
BRKM5Braskem PNAR$ 57,760,50%
BBDC4Bradesco PNR$ 20,970,48%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
BIDI11Banco Inter unitR$ 52,33-10,87%
BIDI4Banco Inter PNR$ 17,61-10,06%
CASH3Meliuz ONR$ 6,11-7,28%
PETZ3Petz ONR$ 24,05-6,78%
BPAN4Banco Pan PNR$ 16,15-6,76%
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