Depois de uma alta da ordem de 240% apenas nos últimos 12 meses, as ações do Inter (BIDI11 / BIDI4) ainda podem subir mais? Para o Bank of America (BofA), a resposta é sim.
Os analistas iniciaram a cobertura dos papéis do banco digital com sede em Belo Horizonte com recomendação de compra para BIDI11 e preço-alvo de R$ 80 por unit ao término de 2022.
Esse valor representa um potencial de valorização de 27,7% em relação ao preço de fechamento dos papéis ontem (R$ 62,63).
Xodó da bolsa
Com a forte valorização desde o IPO, em 2018, o Inter se tornou um dos xodós dos investidores na B3. Tanto a unit (BIDI11) quanto a ação PN (BIDI4) do banco digital hoje fazem parte o Ibovespa, o principal índice de ações da bolsa brasileira.
O forte crescimento no número de clientes foi impulsionado com um modelo de conta digital sem a cobrança de tarifas. Posteriormente, o banco incorporou novos serviços, incluindo uma plataforma de investimentos e um marketplace.
Para os analistas do BofA, o Inter encontra-se “bem posicionado para entregar sólido crescimento de ganhos no decorrer dos próximos anos, à medida que aprimora a rentabilização de sua base de 12 milhões de clientes”. Além disso, eles avaliam que a plataforma digital do banco proporciona alavancagem operacional significativa.
Parceiros fortes e dinâmica favorável
Em relatório assinado pelos analistas Mario Pierry e Flavio Yoshida, o BofA chama a atenção para o fato de o Inter, controlado pelos donos da construtora MRV, dispor de fortes parceiros de negócios, importantes investidores estratégicos e uma dinâmica favorável da indústria. “Isto permite um crescimento relevante da base de clientes”, escrevem os analistas.
Os autores do relatório também avaliam que, devido à boa experiência dos usuários e ao elevado nível de satisfação entre os clientes, o Inter consegue manter o aumento da base de clientes com um baixo custo de aquisição.
“Nós esperamos que o Inter acelere o processo de monetização de sua base de clientes por meio de vendas cruzadas mais intensas e uma base de clientes mais ativa, combinadas a sua capacidade de agregar novos produtos à plataforma.”
Isto não significa que não existam riscos. Na avaliação dos analistas do BofA, as principais fontes de preocupação derivam do ambiente altamente competitivo entre as fintechs brasileiras e dos riscos de execução das diversas iniciativas em andamento.