O presidente norte-americano Donald Trump anunciou no sábado, 26, que nomeará a juíza Amy Coney Barrett para preencher a vaga deixada pela morte da juíza Ruth Bader Ginsburg na Suprema Corte dos Estados Unidos, como já era cogitado.
O anúncio de Trump acontece pouco mais de um mês antes de os eleitores decidirem se ele ocupará a Casa Branca por um segundo mandato. A nomeação ainda precisa ser aprovada pelo Senado - de maioria Republicana-, após sabatina com Barrett.
Segundo o The Wall Street Journal, os senadores Republicanos dizem que planejam realizar as audiências referentes à nomeação durante três ou quatro dias na semana de 12 de outubro, e esperam que o Senado vote sua confirmação na semana antes do dia da eleição, 3 de novembro.
Barrett é uma juíza federal conhecida por ser conservadora na interpretação da legislação. Sua confirmação para substituir Ginsburg, um ícone feminista que sentou no banco por 27 anos, solidificaria uma maioria de 6 conservadores a 3 progressistas na corte.
Os Democratas temem que a religiosidade de Barrett, que é católica fervorosa, leve o tribunal a rever casos como Roe versus Wade, de 1973, que legalizou o aborto, além do "Affordable Care Act", conhecido como Obamacare, que expandiu os planos públicos de saúde para uma parcela maior da população norte-americana.