O presidente da República, Jair Bolsonaro, negou nesta sexta-feira (24) a possibilidade de criação de um imposto sobre produtos que podem fazer mal à saúde, apelidado de "imposto do pecado".
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"Não teremos qualquer majoração de carga tributária. Houve também um ruído muito forte de que estaríamos criando dois pedágios. Zero a possibilidade disso", disse.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, havia afirmado nesta semana no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que sua pasta analisava um aumento no tributo em produtos como cigarros, bebidas alcoólicas e alimentos açucarados.
"Paulo Guedes, desculpa aqui, você é meu ministro, te sigo 99%, mas aumento de imposto para cerveja não", afirmou Bolsonaro.
Outro ruído com outro ministro
Bolsonaro também descartou a chance de desmembrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública em duas pastas. O presidente negou ainda a existência de atritos com seus ministros.
"Não existe qualquer atrito entre eu e o Moro, entre eu e o Guedes , eu e qualquer outro ministro", disse. "O governo está unido, sem problemas".
Na quarta-feira, Jair Bolsonaro recebeu de secretários estaduais de Segurança Pública cinco sugestões para políticas na área em uma reunião. De todas elas, ele anunciou publicamente apenas uma - a divisão do Ministério da Justiça, com a recriação da pasta da Segurança Pública.
A opção de destacar a demanda mais polêmica chamou atenção dos próprios secretários, que viram na iniciativa um endosso de Bolsonaro à proposta.
"O presidente anotou, disse que ia avaliar e no momento oportuno nos daria uma resposta sobre todos os pontos da pauta. O assunto principal não foi o ministério, foi a questão de recursos", disse o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa, presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp).
*Com Estadão Conteúdo