O presidente Jair Bolsonaro publicou em sua página no Facebook um trecho de 21 minutos na reunião ministerial do dia 22 de abril. No trecho, constam as falas do presidente citadas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro e que apontariam a tentativa de interferência do Presidente da República na Polícia Federal. O ministro pediu demissão do cargo dois dias depois da reunião.
"Reunião Ministerial de 22 de abril. Mais uma farsa desmontada; Nenhum indício de interferência na Polícia Federal", diz o post de Bolsonaro, que encerra com o versículo 32 do Evangelho de João, da Bíblia cristã: "Conhecereis a verdade a verdade vos libertará".
Minutos depois da publicação no Facebook, Bolsonaro publicou outro slogan, agora em sua conta no Twitter: "Brasil acima de tudo!"
Advogado se manifesta
O advogado Frederick Wassef, defensor do presidente Jair Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), afirmou nesta sexta-feira, 22, que não há provas de que o presidente tentou interferir politicamente na Polícia Federal. Wassef chegou no Palácio do Planalto pouco antes da divulgação do vídeo da reunião ministerial.
"Se faz um carnaval em cima de uma fita, em cima de um vídeo de uma reunião. Alguém praticaria um ato irregular na presença de 30 testemunhas, 30 ministros de Estados? Não, jamais. O que está se fazendo é tirar o foco da pandemia e de outras coisas e atribuir toda a culpa ao presidente Jair Bolsonaro", disse.