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Maia e Alcolumbre criticam Salles após atrito com Ramos

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ); presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tomaram o lado de Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, no conflito político com o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente.

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Em suas redes sociais, Maia atacou Salles dizendo que o ministro depois de "destruir o meio ambiente, agora resolveu destruir o próprio governo". A crítica à atuação de Salles por parte de Maia não é novidade, mas tem significado diferente diante da disputa e teste de forças do chefe do Meio Ambiente com o palaciano Ramos.

"O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo", escreveu Maia. O presidente da Câmara já elogiou Ramos em outras ocasiões. O ministro, que é responsável pela articulação política com o Parlamento, tem o apoio de membros do Centrão.

Alcolumbre disse que “não é saudável que um ministro ofenda publicamente outro ministro”, em referência às publicações de Salles criticando Ramos e o chamando de “Maria fofoca” na última quinta-feira (22). Além de criticar Salles, o presidente do Senado elogiou a atuação de Ramos na relação com o Parlamento.

“Sem entrar no mérito da questão, faço duas ressalvas. 1. Como chefe do Legislativo, registro a importância do @MinLuizRamos na relação institucional com o Congresso. 2. Não é saudável que um ministro ofenda publicamente outro ministro. Isto só apequena o governo e faz mal ao Brasil”, escreveu Alcolumbre em sua página no Twitter.

O apoio de Maia e Alcolumbre se soma ao do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), que já havia usado as redes sociais para sinalizar reforço a Ramos.

A chamada ala ideológica do governo, contudo, é crítica ao militar, a quem responsabiliza pela aproximação do governo com o Centrão. Além da ala mais conservadora do governo, Salles tem do seu lado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

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Atrito

Conforme o Broadcast/Estadão mostrou, Salles tem informações de que Ramos atua para minar sua atuação na pasta do Meio Ambiente. O conflito se intensificou ainda mais depois que Salles soube que Ramos teria articulado com o Ministério da Economia maiores recursos para as pastas da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional. Já para o Meio Ambiente, o chefe da Secretaria de Governo teria sugerido reduções.

Na última quinta-feira, Salles usou as redes sociais para expor o atrito com o ministro palaciano. Em publicação que logo foi apagada, Salles chamou Ramos de "banana de pijama". Depois, em outra, criticou a postura de "#maria fofoca" atribuída ao articulador do Planalto.



Ainda na quinta-feira, à noite, Salles e Ramos chegaram a se falar brevemente. Na sexta-feira (23), os ministros foram vistos em evento da Força Aérea Brasileira (FAB) junto do presidente Jair Bolsonaro, que atuou como mediador imparcial para a amenizar a relação dos seus dois chefiados.

Bolsonaro e os ministros almoçaram juntos, acompanhados de outros membros do governo. De lá, Ramos e Salles saíram com a intenção de conversar pessoalmente, mas em outro momento. Ainda não há, contudo, previsão para isso ocorrer.

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