A corrida pela vacina contra o coronavírus segue movimentando os noticiários e as bolsas de valores globais. Nesta segunda-feira, o anúncio do avanço das pesquisas da Moderna, empresa americana de biotecnologia, mexe com os mercados. As novidades fizeram as ações da companhia saltarem mais de 11% no pré-mercado americano.
Durante o fim de semana, a Moderna informou que recebeu cerca de US$ 472 milhões de dólares adicionais para financiamento das fases finais da pesquisa. O dinheiro é fruto de um acordo da companhia com a BARDA, entidade do governo americano responsável pelo desenvolvimento de soluções médicas e que atua como intermediária entre o governo e as empresas de biomedicina. A empresa já havia recebido US$ 483 milhões anteriormente.
Segundo a Moderna, o financiamento possibilita a expansão das fases finais de testes, incluindo o estudo da vacina mRNA, a candidata da companhia para o combate ao coronavírus. Nesta segunda-feira (27), a companhia inicia oficialmente a sua terceira fase dos testes clínicos.
Em comunicado, a empresa afirmou que espera produzir 500 milhões de doses da vacina contra o coronavírus por ano, começando a produção em 2021.
As ações da Moderna fecharam em alta de 9,15% na Nasdaq, em Nova York, a US$ 79,91. Desde o começo do ano, os papéis da empresa de biotecnologia já se valorizaram mais de 300%.
A corrida por uma vacina eficaz contra o coronavírus tem movimentado os cadernos de Ciência e os de Economia nos últimos meses. Com a pandemia da covid-19 longe de estar 100% controlada, os avanços nos estudos que buscam imunizar a população contra o vírus mexem com as bolsas de valores globais, já que uma vacina bem-sucedida pode evitar novas medidas restritivas de isolamento social e facilitar a retomada econômica.
Na semana passada a Pfizer, em parceria com a BioNTech anunciou resultados positivos. A pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, com participação da AstraZeneca, também publicou avanços animadores.