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Turbinados por empresas como Carrefour e Grupo Pão de Açúcar, apps de entrega mudam varejo

Imagem do aplicativo de entregas Rappi

Rappi, aplicativo promete delivery de tudo

Nos últimos dois anos, turbinado pelo interesse tanto de gigantes, como Carrefour e Grupo Pão de Açúcar (GPA), quanto de varejistas de uma só loja, o mercado de compras de conveniência feitas por meio de apps de entrega - como Uber Eats, iFood e Rappi - tem avançado exponencialmente, embora ainda represente pouco dentro das vendas totais dos supermercados.

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"Registramos crescimento de 100% a cada mês", diz Diego Barreto, vice-presidente financeiro do iFood, que começou a oferecer entrega de supermercados parceiros no começo do ano passado. A empresa opera com 400 supermercados em 80 cidades e quer chegar a mil lojas em 200 cidades em meados do ano.

No concorrente Rappi, a compra de supermercado é a linha que mais cresce na empresa, depois de refeições, que se propõe a entregar qualquer tipo de produto.

Entre os varejistas, um dos pontos que impulsionam o interesse pela venda por meio dos apps de entrega é a atração de novos consumidores. No Carrefour, que há dois anos tem parceria nacional com a Rappi, 63% dos clientes do canal e-commerce food não faziam compras na rede, diz Paula Cardoso, CEO do Carrefour e-Business.

"A adesão não é só das camadas de maior renda (mais habituadas a compras online), mas também das classes C e D", ressalta Marcelo Rizzi, diretor do Grupo Big, que testa a parceria com o iFood em uma loja e vai expandir para hipermercados, supermercados e atacarejos.

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Dados

Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo, diz que a parceria dos aplicativos e supermercados é um caminho sem volta, pois o smartphone mudou o hábito de compra e as empresas travam uma corrida para estarem mais bem posicionadas do que as rivais nesse novo mercado.

Terra e outros especialistas destacam a oportunidade, mas alertam para o risco estratégico: ao fechar parceria com companhias de delivery, o supermercado pode entregar informações do consumidor para empresas de fora. "A questão é de quem é o cliente."

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo

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