O conselho de administração do Itaú Unibanco aprovou nesta quinta-feira, 26, a segregação de seu investimento na XP em uma nova empresa, a Newco, que vai ficar com a participação de 41,05% do banco no capital da XP.
A cisão ainda precisa ser aprovada pelos acionistas, e caso isso aconteça, eles vão passar a deter participação também na Newco. O banco tem outros 5% de participação na XP, e essas ações poderão ser vendidas dependendo das condições do mercado.
Apesar do investimento na XP, o Itaú tem um histórico de desentendimento com a corretora. Em junho, o banco lançou uma campanha publicitária na qual atacou o modelo de remuneração dos assessores de investimento adotado pelas corretoras.
A XP não é mencionada diretamente, mas acusou o golpe e respondeu duramente às críticas.
Além da competição com a XP, o presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, chegou a dizer que a decisão está relacionada à impossibilidade de compra do controle da corretora - ideia que já foi barrada pelo Banco Central lá atrás, em 2017.
"Prevíamos que iríamos adquirir o controle e influenciar na gestão na XP", disse o executivo. Em vez disso, a XP virou "apenas" um investimento financeiro - e dos bons. O investimento do banco na XP já vale dez vezes mais: cerca de R$ 130 bilhões.
*Com Estadão Conteúdo