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Aérea britânica sucumbe ao coronavírus e pede recuperação judicial

Flybe

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A companhia aérea britânica Flybe entrou em "Administração" — algo semelhante a um pedido de recuperação judicial no Reino Unido. O impacto do coronavírus nas reservas de voos foi a última soma de uma série de dificuldades pelas quais a empresa passava.

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A empresa de auditoria e contabilidade EY mencionou o coronavírus em comunicado ao sinalizar "pressões adicionais" sobre o setor de viagens nas últimas semanas. À imprensa local, o governo destacou que a crise era anterior ao coronavírus.

Maior companhia aérea regional da Europa, a Flybe operava mais da metade dos voos domésticos do país fora de Londres. A empresa já havia sido socorrida por um consórcio liderado pela Virgin Atlantic, em julho de 2019, mas continuou a apresentar dificuldades financeiras na segunda metade do ano.

A Flybe também tentou socorro do governo, mas a possibilidade foi negada em janeiro deste ano. Naquele mês, a aérea foi resgatada por um aporte feito pelos seus acionistas.

Impacto

O surto do coronavírus tem impactado companhias aéreas em todo o mundo. Para resistir a queda da demanda, gigantes da aviação tem à disposição um fluxo de caixa maior e capacidade para reduzir suas despesas — o que não acontece com empresas menores.

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Segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês), o coronavírus levou ao menor aumento da demanda de passageiros na aviação mundial em janeiro — a alta foi de 2,4% em relação ao mesmo mês de 2018.

O diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac, disse em comunicado oficial nesta quarta-feira (4) que os impactos do coronavírus sobre os números do setor devem ser ainda maiores nos próximos meses.

"Janeiro foi apenas a ponta do iceberg em termos de impactos sobre o tráfego, dado que as maiores restrições de viagens na China começaram após 23 de janeiro", disse.

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