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Em novo vexame, IRB recebe fiscalização da Susep e ações desabam

Ibovespa mercados queda

Em um novo vexame corporativo, a empresa de resseguros IRB Brasil anunciou na manhã de hoje que a Susep decidiu instaurar uma fiscalização especial na companhia. O motivo? Os ativos garantidores de provisões técnicas estão abaixo do mínimo regulatório.

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O IRB informou que a situação ocorreu em consequência dos efeitos da variação cambial sobre as provisões técnicas da companhia em moeda estrangeira.

A empresa também registrou um aumento das provisões de sinistros a liquidar durante o primeiro quadrimestre de 2020.

“O IRB compromete-se a auxiliar a Susep no que for necessário; a manter o mercado informado; e entende que a decisão não afeta a administração regular dos seus negócios”, acrescentou a empresa, em comunicado.

O mercado, porém, não pensa o mesmo. As ações da companhia (IRBR3) desabaram 14,82% no pregão de hoje. Leia também nossa cobertura completa de mercados.

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Desde o início de fevereiro, o IRB já perdeu mais de 80% do valor de mercado. O inferno astral começou quando a gestora carioca Squadra contestou os balanços da companhia.

Na visão da gestora, os resultados da resseguradora foram inflados por uma série de itens extraordinários, que não se repetiriam em balanços seguintes.

A diretoria do IRB negou irregularidades, mas pouco depois se viu envolvida em um episódio de "fake news", ao divulgar que o megainvestidor Warren Buffett havia aumentado a participação na companhia.

A notícia levou a Berkshire Hathaway divulgar um comunicado informando que nunca teve, não tem e não pretende ter ações da empresa. Eu gravei um vídeo na época no qual eu comento o vexame internacional do IRB.

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A diretoria do IRB acabou pedindo para sair logo após o episódio, mas os problemas não acabaram. A empresa ainda não publicou o balanço do primeiro trimestre de 2020, previsto para sair apenas no dia 18 de junho.

Ainda sobre a fiscalização da Susep, a empresa informou que possui “elevado índice de solvência e de volume de ativos livres”, mas que, em virtude de determinadas características, esses ativos não são aceitos pelo órgão regulador.

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