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CEOs de Facebook, Amazon, Google e Apple depõem ao Congresso dos EUA na tarde de hoje. Saiba por quê

No início da tarde de hoje, exatamente às 13h, veremos uma cena inédita: os CEOs das gigantes da tecnologia vão se apresentar, juntos, perante o Congresso dos Estados Unidos, para defender suas companhias e assegurar que elas não constituem uma ameaça à livre concorrência.

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Claro que não será presencial — afinal, são tempos de pandemia, que exigem distanciamento.

Mas o fato é que os presidentes-executivos da Amazon, Jeff Bezos, da Apple, Tim Cook, do Facebook, Mark Zuckerberg, e Sundar Pichai, da Alphabet, dona do Google e do YouTube, irão depor remotamente a uma investigação em andamento pela subcomissão antitruste da Câmara dos Deputados dos EUA sobre o domínio das plataformas digitais.

Desde junho, a subcomissão realiza audiências com concorrentes menores que têm dito que as gigantes empreendem práticas monopolistas, que comprometem o jogo limpo entre os concorrentes. Agora, todos os "titãs" da tecnologia aparecerão juntos para responder perguntas com base nas conclusões do comitê.

O que está em jogo?

Entre as gigantes, umas são mais e outras são menos vigiadas pelos legisladores.

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A Apple, por exemplo, conseguiu se manter mais afastada dos questionamentos sobre práticas monopolistas. Mas há uma preocupação crescente entre os legisladores de que a App Store da empresa esteja prejudicando desenvolvedores.

A empresa tem regras restritivas para os desenvolvedores, incluindo um imposto de 15% a 30% nas compras dentro da App Store, que terceiros há muito argumentam ser injusto, embora a Apple diga que está alinhada com as taxas dos concorrentes.

O Google, por exemplo, já é alvo de várias investigações antitruste em 48 estados americanos. No entanto, será a primeira vez em dois anos que o CEO, Sundar Pichai, irá ao Congresso.

Os políticos vão se concentrar no domínio do Google no mercado de busca e publicidade e procuram saber de Pichai se e como a empresa manteve um jogo justo. Recentemente, a agência Bloomberg informou que as alterações na pesquisa do Google tornaram mais caro para as empresas on-line alcançarem seus clientes.

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Os casos de Facebook e Amazon

Facebook e Amazon também já frequentam o noticiário sobre possíveis irregularidades em suas operações, e não é de hoje.

A tendência é que a empresa de Mark Zuckerberg enfrente o escrutínio sobre suas aquisições anteriores — críticos dizem que o Facebook as usou como tática para neutralizar ameaças à concorrência.

A empresa, que já é alvo de investigação da comissão federal de comércio dos EUA, adquiriu a Giphy no início deste ano por US$ 400 milhões, o que acionou alarmes. A crítica é de que o alcance da Giphy na web pode ajudar a expandir a já massiva operação de rastreamento de anúncios do Facebook. Em 2012 e 2014, a empresa adquiriu Instagram e WhatsApp, consolidando sua posição como uma gigante da tecnologia.

O problema da Amazon é outro. No ano passado, a empresa esteve na mira dos reguladores antitruste pelo tratamento dispensado a empresas terceirizadas que vendem produtos por meio de seu site. Investigação do jornal "The Wall Street Journal" em abril descobriu que a Amazon usava frequentemente dados coletados de vendedores terceiros em seu site para definir planos para desenvolver seus produtos de marca própria.

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Além disso, a companhia de e-commerce tem registrado resultados muito positivos durante a pandemia de coronavírus, período no qual a segurança dos funcionários da Amazon virou um ponto de disputa após protestos e notícias de que trabalhadores da empresa morreram.

*Com informações da Business Insider

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