As ações ON da Vale (VALE3) ficaram em leilão estendido por mais de uma hora logo após a abertura do Ibovespa nesta terça-feira por causa de uma operação envolvendo 2,56% do capital da mineradora.
O leilão fez parte um bloco de ações ofertado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo reportagem da Exame.
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse em seu perfil do LinkedIn que se tratou do maior "block trade" — uma grande oferta de ativos realizada em bolsa — da América Latina, movimentando R$ 8,1 bilhões.
Segundo ele, a ação saiu ao preço de R$ 60,26 na operação, o mesmo do fechamento do dia anterior.
A Agência Bovespa informou inicialmente que 100 milhões de ações da Vale - ou 1,89% do capital da mineradora - entraram em leilão às 10h, com expectativa de uma hora de duração.
Às 11h, o leilão foi prorrogado por mais 15 minutos e o volume ofertado foi elevado a 135,612 milhões de ações, ou 2,56% do capital da Vale.
Hoje, as ações da Vale fecharam a sessão do Ibovespa em alta de 0,73%, cotadas a R$ 60,70.
Antes do leilão, o BNDESPar, unidade de participações do banco, detinha 6,12% do capital da Vale.
Segundo a reportagem da Exame, o leilão faz parte de uma série de posições nos mercados financeiros das quais o BNDES pretende se desfazer e que inclui, além da Vale, participações em empresas como a Petrobras, a Suzano, a Klabin e possivelmente a JBS.
Fontes citadas pelo Broadcast informaram que para começar a se desfazer de sua posição na Vale, o BNDES se comprometeu com investidores a não fazer mais nenhuma venda de papéis da mineradora por um prazo de 90 dias.
Com o chamado lock-up, o banco de fomento não causa uma pressão adicional de baixa no papel com a expectativa no mercado de venda de mais um grande bloco de ações.