Site icon Seu Dinheiro

Banco do Brasil tem lucro de R$ 3,5 bi no 3º trimestre, abaixo das projeções

Banco do Brasil com tela de celular em primeiro plano

Banco do Brasil com tela de celular em primeiro plano

Ainda com peso grande das despesas com provisões para perdas no crédito em meio à crise do coronavírus, o Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,482 bilhões no terceiro trimestre deste ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Trata-se de uma queda de 23,3% na comparação com o mesmo período de 2019 e um avanço de apenas 5,2% ante o trimestre anterior, no auge da quarentena.

Leia também:

Com isso, o resultado ficou abaixo das estimativas dos analistas compiladas pelo Seu Dinheiro, cuja média apontava para um lucro de R$ 3,735 bilhões. Dos quatro grandes bancos com capital aberto, o BB foi o único a apresentar lucro inferior à estimativa do mercado.

O Banco do Brasil ficou mais uma vez na lanterna no quesito rentabilidade no terceiro trimestre, com um retorno sobre o patrimônio líquido de 12% — contra 18% do mesmo período do ano passado e 11,9% do trimestre anterior.

Peso das provisões

O balanço do BB continuou sendo afetado provisões para potenciais perdas com calotes. As despesas líquidas das recuperações de créditos que estavam em atraso atingiram R$ 5,508 bilhões no terceiro trimestre, um avanço de 40,5% em relação ao mesmo período de 2019.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na comparação com o trimestre anterior, houve um recuo de 6,8% nas provisões. A redução, contudo, foi menor do que a registrada pelos concorrentes privados.

Crédito e inadimplência

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil encerrou setembro em R$ 730,9 bilhões, um avanço de 6,4% nos últimos 12 meses, um ritmo inferior ao dos bancos privados no mesmo período.

Ainda assim, a margem financeira, linha do balanço que contabiliza as receitas com a concessão de crédito menos os custos de captação, somaram R$ 14,017 bilhões, alta de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

O BB acompanhou a tendência de redução da inadimplência dos demais bancos. O índice de atrasos acima de 90 dias na carteira da instituição fechou o trimestre em 2,43%, contra 2,84% em junho e 3,47% em setembro do ano passado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A tendência, contudo, é que a inadimplência comece a subir nos próximos trimestres, já que a queda dos calotes é resultado principalmente dos processos de renegociação e prorrogação do pagamento de parcelas promovidos pelos bancos no auge da crise do coronavírus.

O Banco do Brasil contava em setembro com R$ 109,2 bilhões em financiamentos prorrogados de 1,7 milhão de clientes.

Tarifas e despesas

Com o aumento da concorrência nos serviços bancários e a paralisação da economia, o Banco do Brasil apresentou uma queda de 2,5% nas receitas com a cobrança de tarifas em relação ao terceiro trimestre do ano passado, para R$ 7,281 bilhões. Houve, contudo, uma melhora de 4,5% sobre o trimestre anterior.

As despesas, por outro lado, ficaram relativamente comportadas e somaram R$ 7,835 bilhões, um avanço de 1,6% na comparação com os meses de julho a setembro do ano passado. No trimestre, as despesas tiveram queda de 0,2%.

Exit mobile version