As vendas de automóveis na China entraram em colapso em fevereiro, à medida que a epidemia de coronavírus fechou fábricas e concessionárias e forçou consumidores a ficar em casa.
As vendas caíram 79,1% em fevereiro em relação a igual mês de 2019, com apenas 310 mil veículos vendidos em todo o país, informou nesta quinta-feira a Associação de Fabricantes de Automóveis da China.
"O consumo de automóveis ficou estagnado e a demanda foi seriamente suprimida, o que terá um impacto significativo sobre o mercado de automóveis no primeiro semestre do ano", disse Chen Shihua, o vice-secretário-geral da associação.
Compulsórios
A China vai reduzir os compulsórios bancários mais uma vez, numa tentativa de impulsionar empréstimos para empresas privadas fortemente afetadas pelo novo coronavírus, segundo o gabinete do país.
Em reunião semanal do Conselho Estatal na terça-feira (10), o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, prometeu "rapidamente introduzir cortes de compulsórios direcionados", de forma que os bancos possam ampliar o crédito para pequenas e médias empresas e ajudá-las a retomar os negócios em meio à pandemia, segundo comunicado divulgado ontem.
Economistas da Nomura preveem que o compulsório será reduzido em 50 pontos-base para os seis maiores bancos da China e em 100 pontos-base para bancos menores.
Os cortes deverão liberar cerca de 800 bilhões de yuans (US$ 114,93 bilhões) em liquidez para o sistema bancário do país, diz a Nomura.
Em janeiro, o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) já havia reduzido compulsórios para todos os bancos.
Nas últimas semanas, o governo chinês ampliou os esforços para sustentar a economia por meio de reduções de juros e injeções de liquidez no mercado.
*Com informações de Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo