O secretário especial de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e o de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, pediram demissão nesta terça-feira, 11, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes.
De acordo com o ministro, Salim deixa o governo porque está insatisfeito com o ritmo das privatizações no governo. "O que ele me disse é que é muito difícil privatizar, que o estabilishment não deixa a privatização, que é tudo muito difícil, tudo muito emperrado", disse.
O ministro afirmou que apontou a Salim a necessidade de "lutar" para que as privatizações aconteçam. "Não adianta esperar ajuda do papai do céu. Nossa proposta foi de transformação do estado. Então, nós vamos tentar e vamos correr até conseguir".
Uebel pediu demissão por discordar da estratégia do governo federal de deixar parada a reforma administrativa, que faz uma reformulação do RH do Estado. Guedes disse que o "timing" da reforma, engavetada pelo presidente Jair Bolsonaro por mexer com o funcionalismo público, é "político".
Cinco baixas
Com as duas saídas desta terça, a equipe econômica soma agora cinco baixas.
Nas últimas semanas, Mansueto Almeida já havia deixado o Tesouro Nacional, Caio Megale deixou a diretoria de programas da Secretaria Especial da Fazenda e Rubem Novaes anunciou que deixará a presidência do Banco do Brasil.
"Se me perguntarem se houve uma debandada hoje, houve", disse Guedes. Segundo o ministro, apesar das demissões, o governo vai "avançar com as reformas".
"Nossa reação à debandada que ocorreu hoje vai ser avançar com as reformas", afirmou.