O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (23) que está em fase de estudos pela sua equipe a criação de um "imposto do pecado". Na prática, bebidas alcoólicas, cigarros e outros produtos com adição de açúcar, tais como refrigerantes e chocolates, poderiam ser alvo de novas taxações. As informações são do jornal Valor Econômico.
Ao falar durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Guedes disse ainda que o termo "imposto do pecado" teria referência acadêmica e que não tem juízo moral.
Segundo ele, a expressão vem do inglês "sin tax". "Não é nada de costumes, Deus me livre", acrescentou.
“Eu pedi para simular tudo. Bens que fazem mal para a saúde. Caso [as pessoas] queiram fumar, têm hospital lá na frente”, disse o ministro em conversa com jornalistas.
Tal medida poderia impactar no futuro ações de empresas de bebidas como Ambev, além de sucroenergéticas, como São Martinho, Biosev e Cosan.
Reforma tributária
Durante o evento, o ministro também comentou sobre a reforma tributária e disse que ela será enviada em fevereiro. De acordo com ele, o encaminhamento ao Congresso deve ser feito entre 20 e 30 dias.
O ministro falou ainda que espera que reforma tributária seja aprovada ainda neste ano e que tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quanto o do Senado, Davi Alcolumbre, prometeram criar uma comissão mista com o objetivo de acelerar a tramitação.