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IPCA sobe 0,89% em novembro, acima do esperado pelo mercado

Desenho de quatro homens tentando segurar um maço de dinheiro, que tenta "voar", em referência à inflação.

Ao contrário do esperado pelo mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou entre outubro e novembro, de 0,86% para 0,89%, sendo esta a maior variação para o mês desde 2015. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (8) pelo IBGE.

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A mediana das estimativas da pesquisa Projeções Broadcast apontava para um arrefecimento do índice oficial de inflação do País em novembro, para 0,78%. Todas as 40 instituições consultadas esperavam desaceleração, com estimativas de taxas entre 0,70% e 0,85%.

Com isto, o IPCA acumulado em 12 meses ultrapassou pela primeira vez desde fevereiro o centro da meta de inflação para 2020, de 4,0%, atingindo 4,31%. O movimento já era esperado pelo mercado, mas numa intensidade menor – a mediana apontava uma leitura de 4,19%, com as projeções indo de 4,06% a 4,88%.

Alimentos novamente

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta em novembro.

Alimentação e bebidas continuou sendo o principal responsável por puxar a inflação. No mês passado, o grupo apresentou avanço de 2,54% nos preços, uma aceleração ante outubro (1,93%). O efeito sobre o IPCA foi de 0,53 ponto percentual (p.p.).

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Dentro do segmento, a aceleração foi provocada por altas mais intensas em alguns itens do subgrupo alimentos para consumo no domicílio (3,33%), principalmente carnes (6,54%) e da batata-inglesa (29,65%).

Além disso, os preços de outros alimentos importantes na cesta das famílias, como o tomate (18,45%), o arroz (6,28%) e o óleo de soja (9,24%) seguem em alta.

Outros grupos

A segunda maior contribuição (0,26 p.p.) veio de Transportes (1,33%). Juntos, Alimentos e Transportes representaram cerca de 89% do IPCA de novembro. 

A parte de Artigos de residência (0,86%), por sua vez, desacelerou em relação ao mês anterior (1,53%), assim como Vestuário (0,07% em novembro, frente à alta de 1,11% em outubro).

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Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,13% em Saúde e cuidados pessoais e a alta de 0,44% em Habitação.

* Com informações da Estadão Conteúdo

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