O Governador João Doria anunciou nesta quarta-feira (22) a reabertura gradual da economia no estado a partir do dia 11 de maio. Propostas dos setores produtivos para comércios e serviços não essenciais serão submetidas à análise.
“Até o dia 10 de maio, não haverá nenhuma alteração na quarentena. Os critérios daquilo que virá a partir do dia 11 serão diferenciados e de acordo com dados científicos apurados em cada cidade e pelas regiões do estado”, disse Doria.
“Definiremos gradualmente os protocolos para essa volta responsável e segura à normalidade econômica, mas protegendo vidas”, acrescentou.
O governador disse que, apesar das medidas de restrição adotadas em São Paulo desde março, 74% de toda a estrutura econômica do estado se mantém ativa. A quarentena não atinge setores como indústria, agronegócio, construção civil, telecomunicações e energia, entre outros.
Segundo o governo, a evolução do contágio e a disponibilidade de leitos hospitalares serão critérios básicos para definir possíveis alterações regionalizadas e setoriais na quarentena.
A partir do mapeamento, a estratégia de reabertura poderá ser orientada de formas distintas, de acordo com o impacto da covid-19 em diferentes regiões e da adoção de regras sanitárias rígidas em estabelecimentos com menor capacidade de fluxo de clientes.
O governo diz que os novos protocolos serão discutidos por uma equipe de economistas e depois apresentados a médicos e especialistas do Centro de Contingência do coronavírus.
O plano para a economia será conduzido para evitar que a reabertura desordenada do comércio provoque uma disparada no número de casos e de mortes em decorrência da COVID-19.
A avaliação das autoridades estaduais é que, além da perda de vidas, o prejuízo econômico será muito maior se a retomada levar a uma quarentena ainda mais rígida nos próximos meses.
Até terça-feira (21), a região Sudeste registrava 23.133 casos de novo coronavírus confirmados - número que corresponde a 53,7% do total no país. O Brasil tem 43 mil casos de coronavírus e 2,7 mil mortes registradas, segundo o Ministério da Saúde.