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Mercado prevê queda de quase 2% do PIB em 2020

O mercado financeiro espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caia 1,96% em 2020 e a inflação medida pelo IPCA termine o ano a 2,52%, segundo o Boletim Focus, do Banco Central, desta segunda-feira (13).

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A projeção para a economia brasileira na versão mais recente do boletim é mais pessimista que os dados compilados na semana passada, que apontavam uma retração de 1,18% neste ano. Há um mês o mercado esperava um avanço de 1,68% do PIB.

Uma semana atrás, o Focus também apontou que a inflação seria de 2,72% em 2020. Há um mês, a estimativa era de 3,10%.

No último dia 9, o IBGE revelou que o IPCA avançou 3,30% nos últimos 12 meses, com desaceleração de 0,07% em março, depois de registrar alta de 0,25% em fevereiro.

A maior contribuição negativa para o mês foi do grupo dos transportes e a maior alta foi para alimentação, diante da política de isolamento social imposta pela pandemia do novo coronavírus.

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É por conta da doença que instituições financeira em todo o mundo continuamente revisam as projeções para a economia de todos os países - a variação das expectativa é quanto ao tamanho da queda do PIB.

No domingo (12), o Banco Mundial divulgou relatório prevendo que a economia brasileira encolha 5% neste ano - um dos piores desempenhos entre os grandes países latinos.

Se confirmada a projeção, será a maior recessão que o país enfrentará em 120 anos. Segundo estatísticas históricas do IBGE, não há registro de uma queda tão grande da atividade desde 1901.

O maior tombo na economia ocorreu em 1990, quando houve retração de 4,35%, com o Plano Collor I e o confisco do dinheiro dos brasileiros. A segunda maior queda registrada foi em 1981, quando o PIB caiu 4,25% na esteira da crise da dívida externa brasileira.

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Dólar e Selic

O Focus também reviu a taxa de câmbio, de R$ 4,50 para R$ 4,60. A projeção para a Selic foi mantida em 3,25%. O dólar terminou o pregão de sexta-feira (10) a R$ 5,09.

Hoje, a taxa básica de juros está em 3,75%, mas a expectativa de parte do mercado é que, com a inflação comportada e a perspectiva de recessão, o Banco Central tenham espaço para reduzir mais uma vez a Selic.

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