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Estímulos à vista nos EUA: democratas e republicanos chegam a acordo que deixa pacote de US$ 900 bi próximo

Os senadores dos Estados Unidos, enfim, atingiram um acordo quanto aos poderes que o Federal Reserve (banco central americano, o Fed) têm para realizar empréstimos no sábado (19).

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Deste modo, eles eliminaram o último grande obstáculo para firmar um pacote de ajuda contra os impactos do coronavírus na combalida economia americana no valor de US$ 900 bilhões, de acordo com assessores de ambos os partidos.

O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, e o senador republicano, Pat Toomey, estavam finalizando detalhes de um compromisso na noite de ontem.

O Fed manterá a sua capacidade de estabelecer programas de empréstimos emergenciais sem a aprovação do Congresso, diz o acerto entre os senadores.

No entanto, terá uma amarra mais forte a partir de agora: a autoridade monetária não será mais capaz de replicar programas idênticos aos que deu início em março, quando começou a pandemia de covid-19, sem a aprovação do Congresso.

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Schumer disse a repórteres que achava que tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado poderiam votar no domingo o projeto de lei de alívio aos impactos do coronavírus na economia americana, que deve ser combinado com um projeto de lei de gastos necessário para evitar o "shutdown" — obstrução à realização de gastos públicos — parcial do governo.

O financiamento do governo expirará às 12h01 de amanhã.

“Parece que vamos conseguir. Se as coisas continuarem nesse caminho e nada atrapalhar, poderemos votar amanhã ”, disse Schumer ontem.

Com a disputa sobre a cláusula do Fed resolvida, um acordo final sobre o pacote de estímulos agora está significativamente mais próximo, disse um assessor democrata no sábado.

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Um porta-voz do líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, disse no início do domingo que agora que a disputa do Fed foi resolvida, “podemos começar a fechar o resto do pacote para entregar o alívio tão necessário às famílias, aos trabalhadores e aos negócios.”

A expectativa é de que o pacote de ajuda em discussão inclua US$ 300 por semana em benefícios de desemprego aprimorados, uma segunda rodada pagamento de estímulos e financiamento para escolas, prestadores de serviços de saúde, distribuição de vacinas e pequenos negócios.

As negociações em torno de um acordo aceleraram esta semana, depois que os líderes do Congresso concordaram em retirar duas disposições polêmicas que dificultavam a tramitação: o financiamento para governos estaduais e locais duramente atingidos e as proteções de responsabilidade para empresas e outras entidades que operam durante a pandemia — esta, uma das principais prioridades do Partido Republicano.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu aos legisladores que concluam o trabalho no pacote de ajuda.

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"Por que o Congresso não está dando ao nosso povo um pacote de estímulos? Não foi culpa dele, foi culpa da China", disse Trump. "Terminem isso e deem a eles mais dinheiro em pagamentos diretos."

O ímpeto por um acordo havia desacelerado na sexta e no sábado. Na ocasião, democratas se opuseram a uma pressão de Toomey para inserir uma medida que restringisse a capacidade do Fed de estabelecer os tipos de programas de empréstimos de emergência que autorizou em março para conter um pânico financeiro emergente.

Tal medida iria além de proposta anterior, que revogava US$ 429 bilhões fornecidos ao Departamento do Tesouro para conter as perdas nos programas de empréstimos do Fed.

*Com informações do Wall Street Journal

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