Site icon Seu Dinheiro

Em momento de aversão ao risco, bitcoin falha como reserva de valor e cai 30% no mês

bitcoin bolsa

Depois de ser chamado por muitos investidores de ouro digital, o bitcoin não vem se provando como uma boa forma de reserva de valor durante o atual momento de incerteza mundial. Desde o começo deste mês, a criptomoeda mais conhecida do mundo viu a sua cotação cair 30%. Os dados têm como base o índice bitcoin criado pela Associação Brasileira de Criptoeconomia (Abcripto).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para a análise, o índice leva em consideração o preço de referência do bitcoin para o par BTC/BRL e o volume de unidade de bitcoin em reais ao longo do tempo.

Por volta das 13h56 da tarde de hoje (18), o índice bitcoin estava cotado em R$ 27.353,10, uma queda de 11,47%.

Uma crise de liquidez aguda

Para entender melhor como os criptoativos vêm sofrendo bastante durante o período, a gestora de fundos de criptomoedas, Hashdex divulgou uma carta aos seus clientes no começo deste mês comentando as quedas recentes na cotação.

Na ocasião, a gestora explicou que o recuo acentuado desde fevereiro está relacionado a uma crise de liquidez aguda. E que as moedas digitais ficaram especialmente expostas, porque o mercado de criptoativos funciona 24 horas por dia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No documento, a equipe da gestora destaca ainda que, à medida que os mercados se deterioram, investidores são pressionados a gerar liquidez para cobrir perdas e obrigações e que isso deprime ainda mais os preços.

"Quando o pânico aumenta nos fins de semana e fora dos horários comerciais, os criptoativos absorvem mais que sua fatia justa da liquidação. O mercado de cripto não possui leilão de fechamento ou circuit breaker, logo, é menos protegido de uma liquidação exagerada", disseram na carta.

Outro ponto que pesa sobre as criptomoedas é que as exchanges relevantes, como Binance e Bittex, permitem que os investidores negociem contratos futuros com alavancagem alta e que as garantias sejam liquidadas automaticamente.

"Em momentos de estresse, a execução desses contratos força os preços para baixo, o que ativa a execução de outros contratos, numa espécie de reação em cadeia", pontuam.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além de todos esses fatores juntos, os analistas lembram que as correlações estruturais entre ativos tendem a "quebrar" e aumentar significativamente, em momentos de crise.

"A corrida por liquidez e o aumento do grau de aversão a risco fazem com que todos os ativos se movam em conjunto", finalizam na carta.

Exit mobile version