A cotação do bitcoin deu um salto desde a última terça-feira (11), após o presidente do Federal Reserve (Fed) — banco central dos Estados Unidos —, Jerome Powell, sinalizar que a autoridade monetária está estudando custos e benefícios das moedas digitais.
Das as 5h da manhã de terça às 18h30 desta quarta (horário de Brasília), o bitcoin avançava mais de 7% sobre o real, tendo saltado de R$ 42.171,45 para R$ 45.379. No mesmo período, a cotação em dólares saltou pouco menos de 7%, tornando a romper a faixa dos US$ 10 mil.
Em audiência no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA, Powell disse que todo grande banco central está observando atentamente as criptomoedas. "Penso que é muito importante para nós e para outros bancos centrais entender os custos e benefícios associados a uma possível moeda digital".
A declaração de Powell criou uma expectativa de que o mercado das criptomoedas possa ser regulado no futuro. O presidente do Fed também disse que ter o dólar como "coração do sistema financeiro" é algo que os serve bem.
Em ascensão
O bitcoin passa por um processo de ascensão nos últimos meses. Apesar de um desempenho fraco no início de 2019, a criptomoeda deu um gás, chegou a ultrapassar os US$ 13 mil e fechou o ano com uma valorização de 95,62% em reais. A moeda digital foi a melhor aplicação no ranking de 2019.
Só no último mês, o bitcoin cresceu 35% em relação ao real — uma valorização que é explicada em grande parte pelo halving, um evento sazonal que reduz pela metade a recompensa pela mineração do bitcoin.
Ao criar o bitcoin, Satoshi Nakamoto, estipulou que a recompensa pela mineração cairia pela metade a cada quatro anos para controlar o suprimento do ativo. Como a última vez que isso ocorreu foi em 2016, a próxima será neste ano e está prevista para ocorrer perto do dia 24 de maio.