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Privatizações serão pauta prioritária a partir de fevereiro, diz líder do governo na Câmara

(Brasília - DF, 12/03/2018) Discurso do então ministro de Estado da Saúde, Ricardo Barros. Foto: Marcos Corrêa/PR

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), disse na segunda-feira (7) que as privatizações "serão pauta prioritária a partir de fevereiro" na Casa e que espera votar que a votação da autonomia do Banco Central, já aprovada no Senado, ocorra na semana que vem.

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Em evento promovido pela XP Investimentos, Barros afirmou que algumas empresas podem ser privatizadas "rapidamente", mas ressaltou que tudo depende do aval do Congresso.

Nas últimas semanas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se disse frustrado pelo fato de as privatizações, uma das principais bandeiras da equipe econômica, terem travado no Congresso e atribuiu o insucesso a "acordos de centro-esquerda".

Ontem, Barros disse que órgãos de controle como Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e o Poder Judiciário são "corporações de servidores públicos" e, por isso, acabam tomando decisões que muitas vezes protelam as privatizações.

Sobre a autonomia do BC, o líder do governo na Câmara afirmou que ela deve ser analisada após a votação dos projetos da BR do Mar – cujo texto-base do projeto de lei foi aprovado ontem – e de desvinculação de recursos de fundos do governo.

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PEC Emergencial

Barros disse ainda que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reservou o dia 10 de dezembro para a votação da PEC emergencial no 1º e 2º turno, caso haja um consenso em torno do relatório do senador Marcio Bittar (MDB-AC). "A votação da PEC emergencial ocorrerá se houver consenso em torno do relatório de Bittar", afirmou.

Ontem, o vazamento de uma minuta do relatório da PEC Emergencial, que traz medidas de contenção de despesas, com uma permissão para furar o teto de gastos expôs a disputa política em torno da tentativa de ampliar despesas e mostrou que o fantasma da flexibilização da regra fiscal ainda assombra a equipe econômica.

A minuta obtida pelo Estadão/Broadcast previa que investimentos em infraestrutura e gastos de combate à pobreza bancados com receitas hoje paradas em fundos públicos poderiam ser executadas fora do teto pelo período de um ano após a aprovação da PEC. O texto foi repassado à reportagem por uma das lideranças que participam das negociações.

A divulgação da notícia azedou o humor dos mercados e deflagrou reação imediata do Ministério da Economia, que se posicionou contra qualquer flexibilização no teto, mesmo que temporária.

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* Com informações da Estadão Conteúdo

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