O mundo apenas começava a se dobrar à pandemia do coronavírus no começo de março quando Arábia Saudita e Rússia iniciaram uma queda de braço particular que derrubou as cotações do petróleo.
A notícia inesperada despertou de vez o pânico entre os investidores. Foi como se tivéssemos acabado de entrar em um túnel e a única luz disponível, acesa quilômetros adiante, fosse apagada.
A falta de acordo entre os países produtores de petróleo foi apenas a primeira de uma série de desarranjos na ordem da economia global provocada pela disseminação do coronavírus.
No meio da escuridão, cada passo é incerto. Mas hoje surgiu uma esperança de que aquela luz lá no meio do túnel seja acesa novamente.
Os investidores reagiram à informação de que sauditas e russos podem chegar a um acordo sobre a produção de petróleo.
A fagulha foi despertada por Donald Trump. O presidente dos EUA publicou no Twitter até o número do corte planejado na produção: 10 milhões de barris.
Como mariposas, os investidores correram em direção à luz antes mesmo da confirmação do acordo. As cotações do petróleo e das ações das empresas produtoras dispararam mundo afora, inclusive as da Petrobras.
A alta dos papéis da estatal ajudou a bolsa brasileira a fechar em alta de 1,81%. Mas o dólar voltou a subir e marcou um novo recorde. Saiba com o Victor Aguiar todos os detalhes da fala de Trump e as notícias que movimentaram os mercados hoje.
10 milhões de desempregados
O tuíte de Donald Trump sobre o petróleo acabou desviando o foco de uma notícia assustadora: o número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos disparou e alcançou inacreditáveis 6,648 milhões em uma semana. Incluindo os 3,3 milhões da semana anterior, estamos falando de quase 10 milhões de desempregados em um período de 15 dias. O dado veio bem pior que a expectativa do mercado, como você confere nesta matéria.
Quem fica, quem sai
O agravamento da pandemia do coronavírus não afetou o apetite das pessoas físicas pela bolsa. Pelo contrário, elas foram as grandes compradoras na B3 em meio à queda generalizada das ações no mês passado. Os gringos, por outro lado, deram no pé. Veja todos os números de quem comprou e vendeu na bolsa em março.
Menos PIB, menos Selic
A Itaú Asset está mais pessimista do que há duas semanas. Em novo relatório, a gestora de fundos do bancão ajustou suas projeções ao cenário extremamente recessivo provocado pela pandemia. A estimativa agora é de uma queda de 3,3% do PIB, frente à projeção anterior de -0,3%. Mas o que mais me chamou a atenção foi a expectativa da gestora para a taxa básica de juros. Saiba com o Felipe Saturnino o corte esperado para a Selic até o fim deste ano.
Carros encalhados
Os efeitos do coronavírus na economia real começam a ficar cada vez mais evidentes. Hoje, foi a vez das concessionárias de veículos mostrarem as consequências: foi o menor número de vendas para o mês de março desde 2006. A queda agrava a situação em um mercado que já não vinha de bons resultados no ano, como mostra esta reportagem.
Varejo x indústria
O coronavírus já opôs varejistas e fornecedores em sua — por ora — breve história no Brasil. E, assim, os efeitos do vírus na economia real começam a ser sentidos pelo consumidores em meio à disputa. Enquanto os representantes dos supermercados criticam os aumentos nos preços de produtos da cesta básica, as indústrias dizem que é tudo reflexo de demanda mais alta e custos de logística. Nesta matéria do Estadão você fica sabendo o que ambos os lados argumentam.
Uma ótima noite para você!