Hoje os mercados dividem seus olhares entre a expectativa por uma nova queda na Selic no fim do dia e o desenrolar da crise política provocada pela divulgação do depoimento de Sergio Moro.
A maioria dos economistas espera uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros brasileira, para uma nova mínima histórica. Preste atenção neste número, que mexe com seus investimentos em bolsa e na renda fixa.
O que você precisa saber hoje
MERCADOS
•O Ibovespa terminou a terça-feira em alta de 0,75%, aos 79.470,78 pontos. A última hora do pregão foi influenciada pela divulgação do depoimento de Sergio Moro, que reduziu os ganhos do dia na bolsa. O dólar à vista subiu 1,30%, a R$ 5,5925.
•O que mexe com os mercados hoje? Em dia de decisão do Copom, os investidores locais, que esperam um novo corte na taxa Selic, monitoram o clima em Brasília após a divulgação da íntegra do depoimento do ex-ministro Sergio Moro. Lá fora, as bolsas internacionais continuam refletindo otimismo com a reabertura econômica de algumas regiões. As bolsas asiáticas fecharam no azul e os índices futuros avançam em Nova York nesta manhã.
ECONOMIA
• O mercado financeiro espera mais um corte na Selic na reunião de hoje, de 3,75% para 3,25% ao ano. A avaliação é que a crise provocada pelo coronavírus mudou as expectativas sobre a atividade econômica e a inflação.
• O Brasil bateu recorde de mortes por covid-19 em um dia: 600, chegando a um total de 7.921, segundo o Ministério da Saúde. São 114.715 pessoas infectadas.
• A Câmara aprovou o auxílio emergencial a estados e municípios, mas com modificações nos critérios para a distribuição de recursos. O texto vai ao Senado.
• Os detalhes do depoimento do ex-ministro Sergio Moro no último sábado foram conhecidos ontem. Moro afirmou que ouviu de Bolsonaro: “Você tem 27 superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro". Uma suposta tentativa de interferência na Polícia Federal foi o pivô da saída de Moro do governo.
• A Fitch mudou de estável para negativa a perspectiva da nota da dívida pública brasileira. Atualmente, a agência de classificação de risco concede nota BB- para o Brasil, três níveis abaixo do grau de investimento, o “selo” de bom pagador.
• As vendas no varejo da zona do euro e o PMI composto registraram uma queda histórica, segundo dados oficiais. O bloco, aliás, deve ter uma retração econômica de 7,7%, segundo a Comissão Europeia.
• Imposto de Renda: Guia do Seu Dinheiro traz 35 vídeos com tutoriais de como preencher passo a passo a declaração no programa da Receita Federal.
EMPRESAS
•A TIM e a Telefônica Brasil divulgaram os resultados do trimestre. A primeira apresentou um aumento de 8,3% no lucro líquido normalizado (sem efeitos não recorrentes), a R$ 164 milhões, enquanto a dona da Vivo reportou uma baixa de 14,1% no lucro líquido, que atingiu R$ 1,1 bilhão.
•O presidente da XP, Guilherme Benchimol, disse que a bolsa brasileira "está mais barata do que nunca" em dólar. Ele afirmou, no entanto, que o investidor estrangeiro só virá se o país mostrar austeridade fiscal.
• A Embraer contratou o Itaú Unibanco para assessorar no pacote de socorro que está sendo costurado com o BNDES. O resgate pode ficar entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, segundo o Estadão.