Enquanto aguardava sentada na recepção do Smiles para fazer minha primeira entrevista com o então presidente da empresa, Leonel Andrade, ouvia uma pessoa gargalhar no escritório. Não lembro se foi em 2013 ou 2014, mas lembro que pensei: “quem será que está tão animado?”. Quando entrei na sala para a entrevista, me deparei com uma figura enérgica e bem humorada: era o Leonel. Em (quase) todo período que esteve à frente do Smiles, Leonel teve motivos de sobra para sorrir. A empresa virou um case de geração de caixa e fez a alegria dos acionistas e do próprio controlador. O Smiles foi uma peça-chave no processo da Gol de busca por passageiros de alta renda e pelo público corporativo iniciado em 2012. Ele também teve papel central na crise de 2016, com a compra antecipada de passagens da Gol, uma das medidas para evitar a quebra da empresa aérea na época. O “quase” do parágrafo acima se refere ao triste episódio em que a Gol tentou impor uma incorporação aos acionistas minoritários do Smiles. Não deu certo - e esse incidente culminou com a saída do Leonel da empresa. Leonel foi anunciado em março deste ano como presidente da CVC, mas assumiu a função em 1º de abril, no meio da quarentena. Como sabemos, o setor de viagens foi um dos mais afetados pela pandemia. A primeira tarefa do Leonel foi garantir a sobrevivência da empresa. Em entrevista exclusiva ao repórter Ivan Ryngelblum, Leonel conta como foram os primeiros nove meses à frente da CVC e afirma que ela está “vivíssima”. Na bolsa, isso é bem verdade: sua ação subiu 48,4% em novembro. Agora a CVC tirou da gaveta novos projetos e busca, justamente, o cliente de alta renda. Os detalhes sobre os planos da empresa o Seu Dinheiro conta com exclusividade nesta reportagem. Recomendo fortemente a leitura! |
O que você precisa saber hoje |
MERCADOS
•O Ibovespa fechou ontem com queda de 1,5%, aos 108.930 pontos, em meio à aversão ao risco no exterior, com a retomada da tensão entre Estados Unidos e China. Apesar disso, o índice registrou em novembro o melhor resultado para o mês em 21 anos. O dólar encerrou em alta de 0,4%, aos R$ 5,34.
•O que mexe com os mercados hoje? Os investidores começam dezembro com bom humor. A previsão de que uma vacina contra a covid-19 comece a circular nos países desenvolvidos nos próximos dias e dados animadores da economia chinesa sustentam o otimismo. Durante a madrugada, as bolsas asiáticas fecharam em alta. Os índices futuros em Wall Street e as principais praças europeias avançam nesta manhã.
• O bitcoin foi o melhor investimento de novembro, seguido pelo Ibovespa. As boas notícias a respeito das vacinas contra a covid-19 e a eleição de Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos abriram espaço para a tomada de risco pelos investidores. Confira o ranking mensal dos melhores e piores investimentos elaborado pela Julia Wiltgen.
•Live - 15h: A Julia Wiltgen e o Vinícius Pinheiro estarão ao vivo hoje para comentar os melhores e os piores investimentos de novembro. Anote na agenda e acompanhe ao vivo no YouTube do Seu Dinheiro.
EMPRESAS
• O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou ontem que mesmo com os atrasos causados pela pandemia de covid-19, a empresa vai cumprir a meta de fechar 2021 com oito das suas 13 refinarias vendidas.
• A Embraer informou ontem que sofreu um ataque cibernético aos seus sistemas de tecnologia da informação, que resultou na divulgação de dados supostamente atribuídos à empresa.
•A Boa Vista anunciou na madrugada de hoje que fechou a aquisição da Acordo Certo, plataforma digital de renegociação de dívidas e recuperação de crédito.
ECONOMIA
• A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem a retomada do sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz a partir de hoje.
•O Brasil registrou 287 mortes e 21.138 novos casos de contaminação por covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde.