O maior medo virou o maior aliado da bolsa
Se você perguntasse a qualquer analista no começo do ano o maior risco para os mercados, a resposta provavelmente seria o resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos. O grande medo na ocasião era da vitória de um candidato democrata.
Mas eis que, numa reviravolta que não surpreende em nada quem atravessa esse tumultuado 2020, o principal temor se tornou o maior aliado dos investidores e da bolsa.
No momento em que eu escrevo esta newsletter, Joe Biden estava a apenas seis votos dos 270 necessários no Colégio Eleitoral para chegar à Casa Branca. E a reação do mercado é de enorme euforia.
Vale dizer que, desde o início do ano, o risco de uma vitória da oposição diminuiu sensivelmente com a escolha de Biden nas prévias do partido.
Mas a virada veio com a pandemia do coronavírus, quando os Democratas deixaram de ser apenas tolerados para serem os preferidos do mercado.
Em um eventual governo Biden, a expectativa é de aprovação de estímulos mais generosos à economia, o que favorece a bolsa e tende a enfraquecer o dólar.
É claro que tudo isso não passa de um cenário que pode ou não se confirmar, exatamente como aquele do início do ano. Por isso a velha máxima de diversificação da sua carteira de investimentos continua válida — e necessária.
Seja como for, o Ibovespa avançou quase sete mil pontos nos últimos três pregões e retomou o patamar dos 100 mil. Ao mesmo tempo, o dólar desceu pela banguela e fechou a quinta-feira em queda de quase 2%, para a casa dos R$ 5,54.
O nosso repórter Felipe Saturnino acompanhou o pregão e traz todos os impactos das eleições dos EUA nos mercados.
MERCADOS
• Como amplamente esperado, o Fed (BC dos Estados Unidos) manteve a taxa de juros em (quase) zero. O comunicado mostrou que a autoridade monetária segue bastante preocupada com os efeitos do coronavírus na maior economia do mundo.
• As ações da Ultrapar foram um dos destaques do pregão de hoje na B3. A dona dos postos Ipiranga apresentou um bom balanço e teve a recomendação para as ações elevada pelo Credit Suisse. Confira as projeções para a empresa.
• Um relatório do Morgan Stanley sobre o IRB Brasil que trouxe um preço-alvo para as ações muito acima das cotações atuais agitou os fóruns sobre investimentos em ações. Mas será que é o caso de se empolgar? Eu tive acesso ao relatório e trago algumas considerações.
• O Bitcoin ampliou ganhos recentes e rompeu hoje o nível de US$ 15 mil. Com isso, se aproxima um pouco mais da máxima histórica em dólares. Em reais, a criptomoeda já passou dos R$ 80 mil, novo recorde.
EMPRESAS
• Por mais um trimestre, o Banco do Brasil registrou a menor rentabilidade entre as grandes instituições financeiras de capital aberto. Mas o novo presidente do BB, André Brandão, espera mudar esse quadro. Ele falou sobre a estratégia para o banco.
• Camarão que dorme, a onda leva. E quem sabe muito bem disso é o homem mais rico do mundo. Jeff Bezos aproveitou a euforia recente dos mercados e vendeu US$ 3 bilhões em ações da Amazon.
COLUNISTAS
• O que é melhor para o mercado, Trump ou Biden? A narrativa do mercado muitas vezes se adapta à realidade conforme os resultados aparecem, como mostra o nosso colunista Rodolfo Amstalden. Vale a pena a leitura!
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