O Nubank veste a roupa dos investimentos
Logo que o Nubank começou a despontar no mercado, eu perguntei ao diretor de um grande banco se o avanço daquela empresa do cartão de crédito roxo que não cobra anuidade preocupava.
A resposta na época foi não, e ele me deu algumas razões. A primeira é que, segundo ele, o Nubank não trazia nenhuma inovação e tinha um produto “facilmente copiável”.
A segunda é que o modelo de negócios não parava em pé. Ou seja, as receitas que a empresa ganhava a cada transação realizada no cartão não eram suficientes para compensar os altos custos da operação.
No primeiro caso, o executivo do bancão se equivocou grosseiramente. Até o momento, todas as tentativas das instituições financeiras de “copiar” o Nubank fracassaram.
A empresa chegou à marca de mais de 20 milhões de clientes e esse número não dá sinais de que vai parar de crescer. [ATUALIZAÇÃO: Após a publicação deste texto, o Nubank me procurou para informar que já possui quase 30 milhões de clientes]
Mas quando falamos no quesito lucratividade, o Nubank ainda deixa muito a desejar. Desde a criação, em 2014, a fintech jamais deu lucro. Os sucessivos prejuízos foram financiados até aqui pelo dinheiro de fundos estrangeiros que investem em startups.
Se por acaso ainda havia alguma dúvida sobre a capacidade do Nubank ser um verdadeiro concorrente, hoje a empresa mostrou de uma vez por todas que não está nesse jogo a passeio.
A empresa de cartões entrou no disputado e lucrativo negócio das plataformas de investimento com o anúncio da aquisição da Easynvest.
O negócio abre uma nova e praticamente inexplorada avenida de receita para a fintech e engrossa a competição já acirrada nesse mercado.
Mais uma preocupação não só para os grandes bancos, mas também para plataformas como XP Investimentos e BTG Pactual. Você confere os principais números do Nubank e da Easynvest nesta matéria.
MERCADOS
• Quase deu, mas não deu. Enquanto os mercados em Nova York exibiram recuperação, a bolsa não conseguiu terminar o dia no terreno positivo. O dólar, por sua vez, teve leve alta. Saiba o que mexeu nos ativos no pregão da sexta.
• Já comeu arroz com maçã? A semana dos mercados foi pautada por ambos. O preço do arroz subiu e virou notícia. Já nos EUA a preocupação veio com as ações das big techs, como a Apple. O Ricardo Gozzi e eu comentamos esses assuntos no podcast Touros & Ursos.
EMPRESAS
• Os cachorros chegaram à bolsa. As ações da Petz (PETZ3) dispararam na estreia da empresa, a primeira do segmento na B3. Conheça mais sobre a rede de petshops e veja o desempenho impressionante dos papéis hoje.
• A Vale vai voltar a pagar dividendos e juros sobre capital para os seus acionistas. É a primeira vez que os proventos serão pagos desde o desastre de Brumadinho. Como resultado, as ações da mineradora dispararam.
ECONOMIA
• A retomada está ocorrendo até nos setores que vinham ficando para trás: o volume de serviços cresceu 2,6% em julho ante junho. Ainda assim, falta muito para alcançar o mesmo patamar do ano passado, como você confere nesta matéria.
• Enquanto isso, a taxa de desemprego recuou levemente na 3ª semana de agosto: de 13,6% para 13,2%. A população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 75,9 milhões de pessoas.
COLUNISTAS
• Dois grupos de sabichões das finanças competem pela primazia na hora de se montar um portfólio de ações. Trata-se de questão clássica: afinal, devo diversificar ou concentrar meus investimentos? O Bruno Merola rebate falácias sobre o tema na coluna de hoje.
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