De um casamento que parecia perfeito, a união entre uma estrela em ascensão e uma figura consagrada no mercado acaba naufragando em meio a uma rotina de desentendimentos e planos incompatíveis para o futuro.
Quem assistiu ao filme História de um Casamento (disponível na Netflix) deve ter reconhecido o roteiro que eu descrevi logo acima. Mas na verdade estou me referindo a outra relação que está perto do fim: a do Itaú Unibanco com a XP Investimentos.
Foi um romance que começou em 2017, quando o maior banco privado brasileiro anunciou a compra de uma participação no capital da XP por pouco mais de R$ 6 bilhões.
O casamento trouxe frutos para ambos os lados, mas também enfrentou resistências. A maior delas foi o veto do Banco Central à opção de o Itaú assumir o controle da XP.
Essa espécie de matrimônio com os noivos vivendo em casas separadas provocou inevitáveis brigas. Algo já parecia estar fora do lugar quando o Itaú lançou em junho deste ano uma campanha publicitária com críticas ao modelo de agentes autônomos que consagrou a XP.
Pois agora o casamento parece ter chegado ao fim com o plano do banco de segregar a participação que detém na XP em uma nova empresa.
Para o Itaú, a união também sofreu com a falta de reconhecimento. Isso porque o valor atribuído à participação na XP dentro do banco é menor que o da corretora no mercado.
Essa foi uma das justificativas para o fim da relação dadas por Candido Bracher, presidente do Itaú. Eu acompanhei a entrevista e conto para você os detalhes sobre a separação e também a reação das ações.
MERCADOS
• Com a eleição nos Estados Unidos quase definida a favor de Joe Biden, o mercado financeiro teve um dia bastante positivo, com alta de quase 2% da bolsa e queda expressiva do dólar. Saiba tudo sobre o pregão.
ECONOMIA
• Mais um dado reforça a visão de rápida recuperação da economia brasileira da crise do coronavírus. A produção industrial registrou avanço de 2,6% em setembro ante agosto. Foi a quinta alta mensal seguida, de acordo com o IBGE.
• Ainda não está convencido? Pois então aí vai mais um indicador que sinaliza a retomada econômica. As vendas de veículos subiram 3,54% em outubro e apresentaram o melhor mês do ano.
• A relação do governo com o Congresso ainda está longe do ideal. Os deputados federais derrubaram o veto presidencial à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos. Confira o placar da votação.
EMPRESAS
• A compra da Nike do Brasil pelo Grupo SBF, controlador da Centauro, foi aprovada pelo Cade, mas com restrições. A rede de varejo esportivo pagou R$ 900 milhões para assumir a operação da marca no país. Veja as condições do acordo.
• A Even vai vender imóveis do Hotel Fasano Itaim para um fundo imobiliário, por R$ 280 milhões. Uma subsidiária da incorporadora assinou promessa de compra e venda de ativos para FII que está sendo estruturado e irá realizar oferta pública de cotas.
• A Ser Educacional exerceu o direito de receber da Ânima uma multa no valor de R$ 180 milhões em dinheiro com o fim do acordo com a Laureate para adquirir os ativos do grupo no Brasil. Saiba mais sobre o desfecho da transação.
• A fabricante de carros elétricos Tesla já teve em vários momentos a situação financeira questionada. Mas agora o próprio Elon Musk resolveu admitir que sua companhia esteve à beira da falência. Conheça a história.
COLUNISTAS
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