A indústria de calçados brasileira está em crise há anos. Eu mesma já fiz diversas matérias ao longo da minha carreira de fábricas fechando no Brasil. O Rio Grande do Sul, polo calçadista tradicional, sofreu especialmente com esse fenômeno do capitalismo globalizado.
Houve uma migração da produção de calçados para outros países nas últimas décadas, especialmente para a Ásia. Em 2013, o Brasil era o terceiro maior produtor global, com mais de 1 bilhão de pares. Naquela época, o Vietnã produzia 779 milhões de pares.
Cinco anos depois, o Vietnã deixou o Brasil para trás. Sua produção aumentou 83%, para 1,4 bilhão, enquanto a do Brasil caiu quase 13%, para 904 milhões, segundo dados da Abicalçados.
Para enfrentar a concorrência asiática, a Vulcabras apostou na compra da Azaleia, em 2007, e na formação de um grande conglomerado nacional calçadista, a Vulcabras Azaleia. Não deu muito certo.
A empresa tenta agora virar o jogo com corte de custos e reorganização do portfólio de marcas. A companhia se desfez da marca Azaleia e apostou na oferta de calçados esportivos com a marca Mizuno.
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, o CEO da Vulcabras, Pedro Bartelle, explica que a empresa é focada hoje mais na gestão de marcas do que apenas na produção.
Ele também fala que a ação está aquém do valor justo e descartou nova oferta de ações. Veja aqui a reportagem completa.
O que você precisa saber hoje
MERCADOS
•O Ibovespa fechou a sexta-feira com queda de 0,59%, aos 106.042,48 pontos, influenciado por falas do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, e do ministro da Economia, Paulo Guedes. O dólar subiu 1,40%, a R$ 5,38.
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• A esperança de que em breve uma vacina contra o coronavírus estará disponível ao público segue trazendo fôlego aos negócios. Mas outras notícias também ditam o clima dos mercados. Os investidores voltam a pesar as negociações em torno de um novo pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos e monitoram os dados da inflação oficial brasileira. Veja o panorama do que esperar dos mercados nesta semana no Segredos da Bolsa. O texto é um conteúdo exclusivo do Seu Dinheiro Premium, cujo acesso pode ser liberado neste link. |
INVESTIMENTOS
• Na hora de investir, você prefere contrariar ou não o consenso? Para o colunista Richard Camargo, em 90% das vezes você só precisa seguir a manada. Mas a sua grande tacada financeira pode vir das vezes em que você contraria o consenso do mercado.
EMPRESAS
• Desde a volta da família Klein ao comando da Via Varejo, a empresa vem impressionando analistas e investidores. Em entrevista ao Estadão, Roberto Fulcherberguer, CEO da empresa, afirmou que a casa finalmente está arrumada e é hora de ganhar escala.
• Depois de mais de 20 anos do primeiro investimento, a Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, surpreendeu o mercado e vendeu toda a sua participação na varejista americana Costco.
• A AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram hoje que a sua vacina para covid-19 teve eficácia média de 70% em testes realizados no Brasil e no Reino Unido, podendo chegar a 90%. A notícia impulsiona as bolsas na Europa.
•As ações preferenciais da Telefônica Brasil deixam de ser negociadas hoje na B3 após terem sido convertidas em papéis ordinários.