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Em 90% do tempo, tudo que você precisa fazer nos mercados é seguir a manada

Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre Aposentadoria FIRE® (Financial Independence, Retire Early). Imerso nos mercados, não tive como escapar a grande discussão da semana: o “rotation trade”. 

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Ao redor do mundo, aquelas ações que vinham performando muito bem em 2020 (leia-se “tecnologia”) tiveram uma semana péssima.

Já os patinhos feios (todos os segmentos afetados pelo isolamento social) receberam uma dose de vacina antes do restante de nós. 

A pergunta que recebi dos leitores do Seu Dinheiro foi a seguinte: e agora, tech ou não tech?

O investidor contrarian

Um investidor contrarian é aquele que se posiciona contra o consenso do mercado. 

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É o cara que shorteou (vendeu ações a descoberto) no início de 2020. 

É o investidor que comprou renda fixa brasileira de vencimentos distantes em 2015, quando os juros reais precificaram o “Fim do Brasil”. 

É o sujeito que não só avisou, mas de fato ganhou dinheiro com a derrocada das criptomoedas em 2017.

Enfim, deu para entender o que é um investidor contrarian. 

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No geral, contrariar o consenso gera boas histórias, como esses três exemplos que eu dei acima. 

No espírito da pergunta que baliza a coluna de hoje, os leitores querem saber se essa é a hora de se desfazer de nomes ligados à tecnologia e dar um all in naqueles que comeram o pão que o diabo amassou em 2020. 

Antes da minha opinião, um fato:

Na maioria das vezes, o consenso está certo

Todo mundo quer um trade para chamar de seu. Uma ideia inovadora. Um insight antes do seu tempo. Uma oportunidade de fazer algo diferente. 

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O problema é que se todos fossem contrarians, por definição, ser contrarian se tornaria o novo consenso. 

A bem da verdade, o consenso é muito bom e se ajusta muito rápido a mudanças. 

Veja o que aconteceu em março deste ano: tivemos uma cisne negro do tamanho de um elefante, em questão de três dias o mercado (S&P 500) caiu 35%. 

A correlação entre todos os ativos, nesse curto intervalo, aproximou-se de 1. 

Do ouro ao bitcoin, tudo caiu junto. 

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O pânico, porém, logo deu lugar a um novo consenso. Um consenso dos vencedores e perdedores do isolamento social. 

Esse novo consenso nos trouxe até aqui. 

Pavimentou o mundo em que as empresas de tecnologia ficam cada vez mais caras e que ninguém quer ouvir falar do antigo value investing.

Naturalmente, em algum momento, esse consenso dará espaço a um novo. 

A transição

Nas finanças comportamentais, falamos muito sobre o viés de disponibilidade. 

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Ou seja, nossa percepção sobre a realidade é afetada mais do que proporcionalmente por eventos recentes. 

O fato do último consenso ter sido formado em meio a um cisne negro está, enganosamente, criando a percepção entre muitos investidores de que todos os novos consensos se formam em meio a uma crise. 

Isso simplesmente não é verdade. 

A grande maioria dos consensos se sobrepõem em condições normais de temperatura e pressão. 

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Em movimentos como o dessa semana, de volatilidade acima da média, porém longe de serem eventos extraordinários.

Isso é o que torna tão difícil a vida de um contrarian que entra de cabeça numa tese de mudanças estruturais: a grande maioria das mudanças acontece apenas na margem. 

Dito isso, minha opinião: 

Temos recomendado aos leitores algumas posições que ficaram para trás, vítimas do isolamento social. Nomes escolhidos a dedo, que unem qualidade e preços atrativos

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Porém, não considero que estejamos diante da formação traumática de um novo consenso. Continuamos expostos a nomes de tecnologia, sobretudo no exterior, através de ETFs. 

Mas essa é só a minha opinião. Esta semana, você pode participar gratuitamente no aniversário da Empiricus e ouvir a opinião dos maiores gestores do país, como Florian Bartunek, André Ribeiro e companhia. 

Poderá ouvir sobre o futuro das reformas direto da fonte, com o ministro Paulo Guedes. Este é o link para participar (gratuito). Vai por mim, vale o seu tempo.

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