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Com risco fiscal e eleição americana no radar, mau humor persiste nos mercados

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O dia promete ser de ressaca para os mercados. Lá fora, os investidores repercutem o primeiro debate entre Joe Biden e Donald Trump, candidatos ao posto de chefe da maior economia do mundo, e dados mistos da indústria chinesa. No Brasil, é a questão fiscal que continua roubando a cena, com os investidores esperando um recuo do governo com relação à forma de financiamento do programa Renda Cidadã.

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Na agenda, destaque para dados de emprego aqui e nos Estados Unidos. Além disso, é dia de conhecer a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre dos EUA.

Quadro fiscal rouba a cena

O pregão desta terça-feira foi marcado pela alta volatilidade e grande preocupação com a situação fiscal do país. Hoje o tema deve continuar sendo o principal foco de atenção dos investidores.

Após comentários do presidente Jair Bolsonaro, o mercado até que tentou se convencer de que o governo poderia recuar na sua decisão de financiar o programa Renda Cidadã com parte do Fundeb e precatórios, mas, no fim, a cautela prevaleceu.

Para os investidores, a proposta apresentada, sem um compromisso com a redução de gastos, configura uma tentativa de pedalada fiscal e até mesmo calote.

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Se a fala de Bolsonaro trouxe esperanças, a fala do senador Márcio Bittar, relator do Orçamento de 2021, foi a responsável por azedar o humor do mercado. Bittar afirmou que a proposta segue firme nos moldes apresentados pelo governo.

Com a aventura fiscal do governo puxando o principal índice da bolsa brasileira para baixo, o Ibovespa fechou o dia em queda de 1,15%, aos 93.580,35 pontos - o pior nível desde 16 de junho. O dólar encerrou a sessão em alta de 0,07%, a R$ 5,6393.

Dados mistos

Durante a madrugada, as bolsas asiáticas reagiram aos dados mistos da indústria chinesa.

O índice de gerentes de compras (PMI) oficial indica que o setor industrial avançou de 51 para 51,5 em setembro e o PMI de serviços foi de 55,2 em agosto a 55,9 em setembro - acima das projeções. No entanto, o PMI medido pela IHS Markit e pela Caixin indicou uma queda no índice, de 53,1 a 53 em setembro.

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De olho também no debate presidencial americano, as bolsas do continente fecharam sem uma direção única.

Debate duro

Com as eleições americanas cada vez mais próximas, a tendência é que os investires deem cada vez mais destaque para os dois candidatos ao cargo de chefe da maior economia do mundo.

Ontem, o ex-vice-presidente Joe Biden e o atual presidente Donald Trump participaram do primeiro debate da temporada.

O tom 'caótico' do debate parece ter abalado os negócios. Na Europa, as bolsas operam no vermelho, assim como os índices futuros em Nova York, o que pode indicar que, para o mercado, o candidato democrata tenha se saído melhor.

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Trump é o candidato preferido de Wall Street, já que uma vitória de Biden pode ser indicação de mais impostos para o setor corporativo.

Ainda nos Estados Unidos, outra pauta que influencia os negócios é a aprovação de um novo pacote de estímulo fiscal. As negociações entre governo e oposição seguem.

Os dados da economia chinesa pressionam a Europa, que vive uma segunda onda intensa de casos de coronavírus. Os investidores tentam quantificar o quanto novas medidas de isolamento social podem impactar na recuperação econômica. Na região.

Agenda

Os investidores também possuem um dia de agenda cheia pela frente.

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No Brasil, o destaque são os dados da geração de emprego em agosto pelo Caged(14h30) e a taxa de desemprego (9h).

No exterior, dados de emprego também são destaque. Nos Estados Unidos, os investidores aguardam dados sobre o setor privado em setembro (9h15) e a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA (9h30).

Fique de olho

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