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Credit Suisse eleva a recomendação para as ações da Oi: ‘potencial de alta pode ser significativo’

Imagem do prédio da operadora Oi

Imagem do prédio da operadora Oi, no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro

Em meio ao surto de coronavírus, o setor de telecomunicações aparece como um dos menos afetados: seus serviços são menos dependentes de deslocamentos ou de interações físicas entre as pessoas. Nesse contexto, o Credit Suisse refez suas projeções para as empresas desse segmento, mostrando-se mais otimista em relação a uma delas: a Oi.

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Em relatório assinado pelos analistas Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba, o banco elevou a recomendação para as ações ON da Oi (OIBR3) de 'venda' para 'neutro' — o preço-alvo para os papéis em 12 meses, no entanto, foi reduzido de R$ 0,70 para R$ 0,50.

Ou seja: o Credit Suisse acredita que, no cenário atual, as ações da Oi já estão perto de seu preço justo: no fechamento do pregão de terça-feira (14), os ativos ON da companhia valiam R$ 0,55.

Vale ressaltar o uso do termo 'no cenário atual'. Isso porque, segundo a instituição, o potencial de alta para as ações da Oi, hoje, já são tão grandes quanto os riscos de baixa — e tudo isso por causa da possível venda da divisão de telefonia móvel da companhia, num preço estimado de R$ 15 bilhões.

"O valor patrimonial da Oi está próximo de um 'valor residual', e o potencial de alta (principalmente por causa de fusões e aquisições) pode ser significativo", escrevem os analistas.

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A redução no preço-alvo se deve aos impactos do surto de coronavírus sobre a operação da companhia: o Credit Suisse pondera que, por mais que o setor esteja relativamente blindado dos efeitos da pandemia, ele ainda sentirá alguma turbulência decorrente da desaceleração da economia.

A instituição destaca que há alguns efeitos a serem considerados pelo segmento: já há uma queda de cerca de 20% nas recargas de planos pré-pagos desde o meio de março, além de uma desaceleração na criação de novos planos pós-pagos e na instalação de redes de fibra óptica.

Num segundo momento, o Credit Suisse acredita que as companhias terão dificuldade para implantar o aumento anual de preços — além disso, eventuais saltos na inadimplência tendem a ser sentidos com mais intensidade a partir do segundo trimestre do ano.

Tais fatores, combinados, tendem a diminuir a geração de receita das companhias do setor, criando um efeito dominó que se propaga por todo o balanço — e que, consequentemente, diminui as estimativas de preço-justo das ações.

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Telefônica e Tim

Por mais que o Credit Suisse tenha se mostrado mais otimista em relação à Oi, as ações PN da Telefônica Brasil (VIVT4) e ON da Tim (TIMP3) continuam como principais escolhas do banco no setor de telecomunicações, dada a situação mais confortável de ambas as empresas.

Os papéis da Tim são apontados como 'top pick': possuem recomendação de compra e preço-alvo em 12 meses de R$ 17,00 — o valor anterior era de R$ 20,00. Ainda assim, a nova meta representa um potencial de ganho de 27,3% em relação ao fechamento de ontem, de R$ 13,35.

Já as ações da Telefônica Brasil têm classificação neutra, com preço-alvo de 12 meses reduzido de R$ 66,00 para R$ 57,00. Aqui, o potencial de valorização é menor: de 9,7%, considerando a cotação de R$ 51,93 no encerramento da sessão de terça-feira.

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