O Ibovespa iniciou a sexta-feira (18) em alta, mas passou a operar com instabilidade durante a tarde. Por volta das 16h30, o principal índice acionário da B3 subia 0,3%, a 118.800 pontos — a máxima histórica é 119.593 pontos.
Chegou a pesar para o investidor a incerteza política local por causa do impasse em torno da Medida Provisória (MP) sobre o 13º do Bolsa Família, que será votada nesta sexta no Congresso. No exterior, o dia também é negativo, com um movimento de realização de lucros após os índices americanos fecharem ontem nas máximas históricas.
A visão de que serão fornecidos novos estímulos à economia americana em meio a novos dados decepcionantes do mercado de trabalho americano sustentou os mercados ontem, incentivando os investidores a tomarem risco.
Congressistas tanto do partido republicano quanto democrata têm se aproximado de um pacote de ajuda financeira contra os impactos do coronavírus na economia.
A proposta prevê pagamentos diretos a muitos americanos, aumento dos benefícios de desemprego, ajuda a pequenos negócios e financiamento da distribuição da vacina Covid-19, entre outras medidas.
Além disso, os agentes financeiros monitoram a preocupante situação da covid-19 nos Estados Unidos, com o número de hospitalizações decorrentes da doença e os casos aumentando significativamente.
Destaques
As siderúrgicas voltam a ser destaques do índice, como Usiminas, que retomou um alto forno na usina de Ipatinga, aumentando a perspectiva de demanda por aço plano, e CSN, que lideram as altas percentuais do índice.
Ações ligadas à celulose e ao papel, como Suzano e Klabin, também se destacam e ficam entre as principais altas hoje.
As ações da Vale também sobem e sustentam o Ibovespa no terreno dos ganhos. O minério de ferro negociado no porto de Qingdao, na China, disparou 3,7%, para US$ 164.
As ações da Petrobras, por sua vez, operam em queda e constituem a principal pressão de baixa sobre o índice.
Dólar e juros para cima
O dólar também tem uma sessão de alta hoje, operando em um avanço de 0,3%, cotado a R$ 5,0954.
O movimento ocorre apesar da realização de dois leilões do Banco Central — um de linha (venda de dólares no mercado à vista), de até US$ 2 bilhões, e outro de swaps, no valor de US$ 800 milhões (venda de dólares no mercado futuro).
Os juros futuros operam em linha com a alta da moeda e vão registrando leves ajustes altistas em taxas intermediárias e longas. Juros curtos operam perto da estabilidade.
Confira as taxas dos principais vencimentos:
- Janeiro/2021: de 1,900% para 1,906%
- Janeiro/2022: de 2,96% para 2,97%
- Janeiro/2023: de 4,39% para 4,41%
- Janeiro/2025: de 5,93% para 5,95%