Mais uma empresa entrou com pedido de registro na CVM para abrir capital na bolsa. Agora é a vez da birô de crédito Boa Vista SCPC, que fará uma oferta primária e secundária de ações ordinárias e que pretende entrar no Novo Mercado. As informações foram disponibilizadas agora à noite (4) no site da CVM.
No documento, a empresa informa que, na oferta de distribuição secundária (em que o valor captado vai diretamente para o bolso do acionista vendedor), os acionistas vendedores serão a TMG e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio). Mas a empresa não informou mais detalhes sobre preço da ação e volume.
A companhia também disse que os recursos captados serão destinados a novas iniciativas (6%) e aquisições (94%). No caso das novas iniciativas, a SCPC disse que isso vai envolver "a criação de uma fábrica de algoritmos, que visa ampliar a velocidade de criação de novos algoritmos avançados, para atender as demandas de atuais e futuros clientes em variados segmentos de atuação, expandindo a utilização de algoritmos avançados para diversas aplicações além do crédito".
Já no caso das aquisições, a companhia destacou que elas terão como foco "desenvolver e fortalecer sua presença no mercado direto ao consumidor (B2C); acelerar as capacidades analíticas da Companhia; capturar a demanda por ferramentas de gerenciamento de riscos anti-fraude; acelerar o crescimento no segmento de Marketing Services; e ampliar sua presença no mercado de recuperação de recebíveis".
O capital social da companhia hoje é de R$ 202.129.458,10. Entre os riscos de investimentos colocados em seu prospecto preliminar estão possíveis incidentes de segurança cibernética que podem resultar em perdas para os negócios, além de falhas no sistema de processamento ou em processos críticos da companhia.
O banco coordenador líder é o JPMorgan. Citi e Morgan Stanley também participam da oferta.
Números da companhia
No prospecto preliminar, a empresa informou que reportou lucro líquido de R$ 74,432 milhões em 2019, uma alta de 58,1% em relação ao registrado um ano antes.
A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 661,863 milhões em 2019, o que representa uma expansão de 10,2%. Já o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 285,193 em 2019, ou seja, houve um crescimento de 22,2% ante o ano anterior.
Com relação ao endividamento da companhia, a SCPC divulgou que a relação entre a dívida líquida e o Ebitda ficou em 0,82 vez em 2019, ante 0,62 vez em 2018.