Parece que (enfim) o governo chegou a uma solução para a realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 - e ela está na bolsa!
A Valid Soluções (VLID3), empresa aberta e que mantém ações na bolsa, anunciou nesta terça-feira, 21, que fechou um acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para fazer a impressão segura das provas a serem aplicadas no fim do ano.
O acordo ocorre depois de várias polêmicas envolvendo o Inep, que teve quatro presidentes desde a posse de Jair Bolsonaro. Com a falência da Gráfica RR Donnelley, responsável pelas impressões, o governo passou a correr contra o tempo para encontrar um novo consórcio e evitar que o exame deixasse de ser aplicado.
Em comunicado divulgado ao mercado, a Valid informou que ficará responsável "pela diagramação, manuseio, embalagem, rotulagem e entrega aos Correios dos cadernos de provas e instrumentos de aplicação do Enem".
O valor máximo do negócio pode chegar a R$ 151 milhões, dependendo da quantidade de cadernos e instrumentos impressos.
O contrato com o Inep prevê também que a Valid cumpra as mesmas condições oferecidas que vigoravam no contrato com a RR Donnelley.
Carta marcada
A escolha da Valid não era necessariamente uma surpresa para o mercado. A própria empresa já havia comunicado sua posição de preferência frente ao Inep por ter sido a companhia seguinte na ordem de classificação na licitação realizada em 2016.
Fundada 1957, a Valid possui representação em 17 estados brasileiros e no Distrito Federal. A empresa está listada na bolsa faz algum tempo, mas sustenta o título de "eterna small-cap".
E por falar em ações, os papéis da companhia fecharam em alta de 3,24% nesta terça-feira na B3, cotadas a R$ 14,36. Mas no acumulado do ano, as ações amargam uma queda da ordem de 20%.