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Demitido? Fabio Schvartsman está de saída da Vale, diz revista

O diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman

O diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, durante entrevista coletiva, sobre rompimento de barragem em Brumadinho

Fabio Schvartsman está com os dias contados na presidência da Vale, de acordo com uma nota publicada na coluna Radar, da revista Veja. O conselho de administração da mineradora decidiu hoje demitir Schvartsman do cargo, em consequência da tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro.

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A mudança, dada como inevitável, ganhou ritmo ontem, quando integrantes da força-tarefa que investiga a tragédia pediram o afastamento de Scharvtsman e dos diretores executivos de ferrosos e carvão, Peter Poppinga, de planejamento, Lúcio Flávio Gallon Cavalli, e de operações do corredor sudeste, Silmar Magalhães Silva.

O Seu Dinheiro questionou a Vale sobre a nota publicada pela coluna, mas até agora não teve resposta.

Schvartsman assumiu a presidência da mineradora em maio de 2017. Logo na posse, ressaltou que o lema da empresa seria "Mariana nunca mais". Era uma referência ao rompimento da barragem da Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton, na cidade mineira em 2015.

Ainda não está claro como será a punição nem o quanto a tragédia vai pesar nos cofres da companhia. Ontem, o secretário do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal, chegou a afirmar que a multa poderia chegar a 20% do faturamento anual da empresa, o equivalente a R$ 25 bilhões. Mais tarde, ele deu outra entrevista e afirmou que era equivocado afirmar sobre o valor da punição.

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Nesta semana a Vale também teve a nota de crédito rebaixada pela agência de risco Moody's e perdeu o selo de empresa com grau de investimento.

Com a saída do grupo, a Vale deve ser conduzida, interinamente, pelos diretores remanescentes, sob o comando interino do diretor-executivo de Metais Básicos, Eduardo Bartolomeo. Fontes ouvidas pelo Broadcast dizem que não há nenhuma movimentação no mercado, nesse momento, em busca de um substituto.

A mudança definitiva só deve ocorrer em abril, após a Assembleia Geral Ordinária (AGO) de acionistas, quando também são esperadas mudanças no conselho de administração, com a redução do peso da Previ, que hoje ocupa quatro assentos no conselho e o aumento da presença de conselheiros mais ligados ao setor de mineração.

*Com Estadão Conteúdo

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