Site icon Seu Dinheiro

WarnerMedia assume HBO na América Latina

HBO

A WarnerMedia, gigante do conteúdo que pertence ao grupo das telecomunicações americana AT&T, anunciou ontem a compra das operações dos canais da HBO na América Latina, com exceção do Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A empresa está em uma cruzada pela mudança da legislação brasileira, que proíbe que operadoras de TV sejam também produtoras de conteúdo - conhecida como "lei do cabo", ou Seac, que está em vigor desde 2001. No anúncio relativo à HBO, a WarnerMedia citou a legislação nacional como a razão para a não inclusão do País na aquisição na região.

Segundo a divulgação, a aquisição permitirá a extensão do serviço HBO Max, que o grupo lança em 2020, para toda a região - menos para o Brasil.

A operação da HBO na América Latina, que funcionava em uma parceria entre a Warner e a Ole Communications, abarca hoje os canais HBO, Max, Cinemax e o serviço HBO Go.

Com o acordo, a WarnerMedia passa a controlar 100% das operações de língua espanhola. A joint venture sobrevive no Brasil. "Temos a opção de adquirir os negócios no Brasil, mas não faremos isso no momento", disse Gerhard Zeiler, presidente da WarnerMedia International Networks.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Venda

Foi por causa da Seac que o grupo Globo teve de se desfazer de sua participação na operadora Net para ter a possibilidade de manter o controle dos canais Globosat, como GNT, GloboNews, Multishow e MaisGlobosat.

Um dos aliados da tentativa da AT&T de derrubar a separação entre produção e distribuição de conteúdo no País é o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, que tem feito lobby pela mudança na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Em 5 de setembro, a agência reguladora pediu mais 120 dias para analisar se aprova ou não a fusão da AT&T e da TimeWarner (hoje WarnerMedia) no Brasil. O negócio, que movimentou US$ 85 bilhões, foi anunciado há três anos. O risco é que a Anatel obrigue a AT&T a se desfazer da Sky no País, da mesma forma que ocorreu com a Globo e a Net no passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Exit mobile version